ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  18    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

Negociação para indenizar fazendeiros em área indígena será retomada

Afirmação foi feita pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, ao governador Reinaldo Azambuja, durante visita à Brasília

Nyelder Rodrigues | 19/10/2017 23:57
Conflito com morte em 2013 chamou a atenção do restante do país (Foto: João Garrigó/Arquivo CGNews)
Conflito com morte em 2013 chamou a atenção do restante do país (Foto: João Garrigó/Arquivo CGNews)

Os estudos sobre o pagamento de indenização para produtores rurais que tiveram fazendas demarcadas como terra indígena em Mato Grosso do Sul deverão ser retomados pelo Ministério da Justiça, conforme prometeu o ministro Torquato Jardim em encontro realizado nesta quinta-feira (19) com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em Brasília (DF).

As negociações começaram a partir do conflito que resultou na morte do índio terena Oziel Gabriel, em Sidrolândia, durante uma ação de reintegração de posse da fazenda Buriti - que fica dentro da área indígena de mesmo nome - em maio de 2013.

Na época, ainda sob a batuta do governo Dilma Roussef (PT), com participação do Estado - o governador era André Puccinelli (PMDB) - foram iniciados os estudos para calcular o valor das terras e pagamento de indenização aos fazendeiros.

Entretanto, após dois anos, as negociação "empacou" em 2015. Os produtores pediram, inicialmente, R$ 150 milhões pelas áreas, valor quase que o dobro acima do proposto pela União, de R$ 78 milhões. Os fazendeiros aceitaram baixar a proposta para R$ 100 milhões, mas ainda assim não houve acordo.

Além da discordância sobre os valores, a tormenta política ao qual o governo Dilma passou a ser alvo dificultou ainda mais a continuidade da questão, que acabou caindo no esquecimento do Planalto, sendo reavivada agora, após dois anos parada e quatro anos e cinco meses após a morte de Oziel.

Por ora, Torquato afirmou ao governador Reinaldo Azambuja, segundo a assessoria de imprensa do Estado, que dará prioridade as propriedades que estão em disputa a mais tempo. Vão acompanhar a questão Governo do Estado e Assembleia Legislativa.

Nos siga no Google Notícias