Ocupação "fecha" reitoria da UFMS e funcionários vão para outro prédio
A reitoria da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) não está funcionando nesta manhã (30), após um grupo de universitários invadir o prédio na noite desta terça-feira. Os funcionários estão trabalhando em outros prédios da universidade.
Os manifestantes montaram um acampamento no entorno do prédio e passaram a noite no local. Eles levaram barracas e mantimentos e, por meio do Facebook, convocaram apoio. Até um sofá foi levado pelos estudantes. O espaço é dividido com seguranças da instituição, que foram mandados em peso para a reitoria.
Depois de toda a confusão ocorrida na noite de ontem durante a ocupação, onde uma estudante acabou ferida, o clima é mais tranquilo. Alguns estudantes estão com a cabeça encoberta por panos e camisetas, no estilo black bloc. Um outro grupo passou a manhã entregando panfletos informando aos outros acadêmicos sobre a ocupação e os motivos da mesma.
Ontem, um dos coordenadores da instituição chegou a negociar com os estudantes, porém eles afirmam que não vão deixar o prédio enquanto as reivindicações não forem atendidas pela direção da universidade.
Na pauta de exigências dos manifestantes constam: retirada da grade do entorno do prédio da reitoria, que foi colocada após a última ocupação ocorrida em agosto do ano passado; moradia estudantil; transporte gratuito; atenção à saúde; inclusão digital e cultural; esporte; creche, apoio pedagógico; funcionamento no período noturno do restaurante universitário, entre outras reivindicações.
A assessoria de imprensa da UFMS informou que a reitoria está acompanhando de perto a ação dos estudantes, mas que ainda não recebeu nenhum documento dos manifestantes sobre as reivindicações deles e que não há previsão de um encontro entre a reitora, Célia Maria Silva Correa Oliveira, e os universitários.
Confusão – Na ocupação de ontem, uma estudante acabou ferida e precisou ser encaminhada para atendimento médico. Segundo uma das manifestantes, que não quis se identificar, a jovem precisou levar dez pontos na mão. Ele afirma que os seguranças agiram com truculência.
A última ocupação do prédio da reitoria aconteceu em agosto do ano passado e só terminou no mês seguinte após decisão judicial.