Operários da construção civil ameaçam greve amanhã na Capital
Operários da construção civil de Campo Grande entrarão em greve amanhã em Campo Grande. Eles reivindicam um reajuste salarial mais “digno” para as categorias que integram o setor. Os trabalhadores irão se reunir amanhã, a partir das 7h30, nas proximidades da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), para realizar o primeiro movimento de protesto.
O presidente do Sintracom/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha Neto, destacou que eles tomaram esta decisão em assembleia geral, e a votação foi unânime pela paralisação. “Amanhã todos os canteiros de obras estarão parados, temos que buscar nossos direitos”, explicou Neto.
Hoje, os diretores do Sintracom/CG visitaram os canteiros de obras para reafirmar a decisão tomada em Assembleia. Nesta oportunidade, foram distribuídos panfletos com informações sobre o impasse com a classe patronal.
O Sinduscon-MS (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Mato Grosso do Sul) por meio de um nota de esclarecimento, explicou que em nenhum momento, a classe patronal encerrou as negociações e que no acumulado das recentes negociações, entre 2007 a 2012, o ganho real da categoria ficou acima da inflação, em aproximadamente 40%.
No comunicado eles destacam que a proposta apresentada para 2013, os reajustes representam ganho real aos salários dos trabalhadores da construção civil, inclusive acima do índice da inflação anual. E que não pode se afirmar que as negociações passadas foram prejudiciais aos trabalhadores da categoria.
Salários – Para os auxiliares de serviços gerais, os patrões ofereceram piso salarial de R$ 680,00. Enquanto que os operários almejam R$ 770,00. Aos auxiliares de escritório o piso está em R$ 680,00 e a classe quer aumento para R$ 880,00.
Serventes e vigias receberam a proposta de R$ 719,00 contra os R$ 880,00 pedidos pela classe. Meio Oficial R$ 802,00 contra R$ 1.035,00. Oficial R$ 992,89 contra R$ 1.190,00. Apontador, R$ 980,00 contra R$ 1.190,00. Motorista, R$ 992,00 contra R$ 1.190,00. Aos Mestres de obras foi proposto R$ 1.500,00 contra os R$ 1.860,00 que eles reivindicam.