Polícia pede a prisão de acusado de aplicar golpe com ingressos da Copa
A Polícia Civil do Paraná pediu ontem (10), a prisão preventiva de um empresário do Rio de Janeiro suspeito de aplicar um golpe de mais de R$ 3 milhões com ingressos para jogos da Copa do Mundo que não foram entregues a agências de turismo e consumidores em pelo menos quatro Estados. Em Mato Grosso do Sul, 422 pessoas foram vítimas do golpe e o prejuízo já chega aqui no Estado a R$ 1,4 milhão.
Fábio Luis Lemos Cajuhy, proprietário da DMX Tours, empresa responsável por fornecer os ingressos para as as agência, foi denunciado por donos de agências em Cascavel, no interior do Paraná, e em Mato Grosso do Sul. Ele não havia sido localizado pela polícia nem pelos compradores dos ingressos até a noite desta terça. Às vésperas do jogo de abertura, ninguém tem notícia dos bilhetes.
Conforme o jornal Estadão, o delegado adjunto da 15.ª subdivisão, Pedro Fernandes de Oliveira, do Paraná, informou que Cajuhy havia também prometido fazer os transfers dos turistas entre hotel, estádio e aeroporto nos dias de jogos. Mas, conforme a data do início do Mundial se aproximava, o empresário passou a adiar a data de entrega dos ingressos.
A Justiça do Paraná concedeu uma liminar na semana passada para bloquear as contas de Cajuhy e de sua empresa, a pedido de uma agência de Cascavel, a Edo Tur, que vendeu R$ 607 mil em pacotes para clientes de diversas cidades.
A polícia apurou que a DMX Tours não é credenciada pela Fifa para vender ingressos para os jogos do Mundial. Ainda segundo a investigação, o empresário pode ter enganado clientes também no Nordeste, e não há ainda a dimensão do tamanho do calote.
Além de Paraná e de Mato Grosso do Sul, são investigadas fraudes em São Paulo e no Rio. Cajuhy foi indiciado por estelionato e crime contra a economia popular.