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Cidades

Prédio de R$ 3,6 milhões da UFMS tem problemas um ano após inauguração

Zana Zaidan | 13/12/2013 17:45

O Complexo Multiuso, inaugurado em 2012 na campus de Campo Grande da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), consumiu R$ 3,6 milhões do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) - verba repassada pelo governo federal para investimentos em infraestrutura das instituições federais de ensino superior.

Prédio de R$ 3,6 milhões da UFMS tem problemas um ano após inauguração
Recém-inaugurado, Multiuso apresenta série de problemas e UFMS inicia reparos no prédio (Foto: Zana Zaidan)

A obra, construída para ser usada por alunos de todos os cursos da instituição, ainda nem foi concluída, mas já é considerada o “elefante branco” da universidade: o prédio já apresenta problemas nos aparelhos de ar-condicionado e na parte elétrica das aulas de aula. Até os extintores de incêndio dos corredores já estão vencidos.

A estrutura de dois andares abriga 20 salas de aula, tem quatro banheiros, três salas administrativas, dois depósitos e copa. Os dois auditórios, com capacidade para 200 alunos casa, não foram entregues.

A própria UFMS admite as deficiências do Multiuso, e credita os problemas ao rompimento do contrato com a empresa responsável pela obra, que, segundo a instituição, não cumpriu os prazos previstos.

Prédio de R$ 3,6 milhões da UFMS tem problemas um ano após inauguração
Fios expostos e desencapados são motivo de preocupação para alunos que estudam no Multiuso (Foto: Zana Zaidan)
Prédio de R$ 3,6 milhões da UFMS tem problemas um ano após inauguração
No primeiro andar do prédio, todos os extintores estão com data de validade expirada (Foto: Zana Zaidan)

“É o prédio mais novo da UFMS, mas está cheio de coisas mal feitas. Quando começou a ser construído, foi aquela expectativa, diziam que seria um super complexo de estudo, com retroprojetores em todas as salas de aula, e equipamentos super modernos, mas nunca vimos isso”, conta o acadêmico do 5º ano de Ciências da Computação, Erick Rocha.

Fios expostos e ar condicionados instalados próximos a infiltrações também são motivo de preocupação para quem assiste aulas nas salas do complexo. “É só olhar para cima e ver fios de energia pendurados, e próximos do ar condicionado que, com a umidade, a qualquer momento podem causar um curto circuito”, acredita Cássio Rezende, do 4º ano de Engenharia Elétrica.

No corredor do primeiro andar, os quatros extintores de incêndio disponibilizados estão vencidos - o prazo expirou em agosto deste ano - o que coloca a segurança dos acadêmicos em risco em caso de emergência. O elevador do prédio se mantém interditado desde a inauguração, por isso, deficientes físicos ficam sem acesso ao segundo andar.

A Proinfa (Pró-Reitoria de Infraestrutura) da UFMS informa ter providenciado a correção dos erros no Multiuso - o conserto dos vazamentos já foi feito, e o elevador será ativado junto com o começo do ano letivo de 2014, quando os fios expostos também serão retirados. Os auditórios estão previstos para serem entregues também no início de 2014.

Prédio de R$ 3,6 milhões da UFMS tem problemas um ano após inauguração
Interditado, elevador deve ser entregue em 2014. Só então deficientes físicos terão acesso ao 2º andar (Foto: Zana Zaidan)
Prédio de R$ 3,6 milhões da UFMS tem problemas um ano após inauguração
Operários trabalham para entregar os dois auditórios do prédio no início do ano letivo de 2014 (Foto: Zana Zaidan)
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