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Cidades

Após investir R$ 9,4 milhões, UFMS não impede "chuva" dentro de salas

Zana Zaidan | 11/12/2013 17:07

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) recebeu R$ 9,4 milhões do governo federal para investir em obras de construção ou revitalização de prédios no campus de Campo Grande, mas, mesmo com a verba milionária, alunos estudam em meio às goteiras e infiltrações das salas de aula.

Os recursos, provenientes do Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) foram repassados pelo Ministério da Educação no ano passado. Desde 2008 – quando a UFMS foi aprovada para receber recursos do programa – foram repassados R$ 34,8 milhões para serem investidos em melhorias nos 11 campi; valor somado ao orçamento que totalizou R$ 393 milhões em 2012 (quarto maior orçamento do Estado). Ainda assim, a principal universidade sul-mato-grossense esbarra em questões básicas de infraestrutura.

No CCHS (Centro de Ciências Humanas e Sociais) um dos blocos mais antigos do campus, “chove” nas salas de aula e nos corredores do bloco, por causa das goteiras. Os banheiros, apesar de reformados, também são motivo de reclamação.

De tão antiga, infiltração no corredor do CCHS é patrimônio da UFMS (Foto: Zana Zaidan)
De tão antiga, infiltração no corredor do CCHS é patrimônio da UFMS (Foto: Zana Zaidan)

“Fica um rodízio. Em uma semana assistimos aulas em uma sala, começa a pingar, mudamos para outra”, conta a acadêmica de Letras, Larissa Melo, 22 anos. Nestas situações, quase sempre, explica a aluna, os professores recorrem ao Complexo Multiuso – prédio inaugurado no ano passado, que pode ser usados por todos os cursos da instituição - para que os pingos não atrapalhem o andamento das aulas.

A solicitação para que as infiltrações sejam consertadas é antiga, mas, na percepção dos estudantes, a universidade faz uma “maquiagem” para resolver o problema. “Todo final de ano é isso: raspam, colocam argamassa, querem começar o ano letivo como se tudo estivesse novo. Mas é apenas uma maquiagem. E uma grande burrice, porque sabem a origem do problema, e ao invés de investir em uma obra mais ampla, que poderia resolver a questão definitivamente, ficam gastando dinheiro com esse faz e refaz”, aponta.

Infiltrações formam verdadeiras poças de água nos corredores do bloco (Foto: Zana Zaidan)
Infiltrações formam verdadeiras poças de água nos corredores do bloco (Foto: Zana Zaidan)

A água que sobra nas salas de aula falta nos banheiros do CCHS e na unidade VI (em frente à Biblioteca), reclamam os alunos. Antigos, os banheiros passaram por reformas, mas torneiras e descargas que não funcionam, mau cheiro e ausência de papel higiênico e sabonetes, e os acadêmicos cobram providências.

“É realmente desorganizado. Não tinha papel e a torneira estava quebrada, além do acúmulo no cesto de lixo. Acho que uma instituição como a UFMS, vitrine da educação do nosso Estado, deveria começar do básico e oferecer um banheiro mais arrumado”, acredita a estudante Nathalia Gonçalves, que pretende cursar Medicina Veterinária na universidade no ano que vem e visitava o campus.

A instituição, por sua vez, garante que as solicitações dos acadêmicos são todas atendidas – basta recorrer à Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfa) e os problemas são corrigidos, por ordem de prioridade.

Depois de receber reclamações, a UFMS garante, por exemplo, que empresas já foram contratadas para a revitalização do CCHS, e devem começar o serviço no primeiro semestre de 2014, conforme a Proinfra.

A universidade informa, ainda, que qualquer manutenção corretiva pode ser solicitada no site, www.proinfra.site.ufms.br, no menu Solicitações de Serviços. O serviço está disponível desde agosto deste ano: o aluno recebe um protocolo, e é atendido por ordem de solicitação.

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