PM é alvo de comentário homofóbico por apoiar relacionamento do filho
Aldo de Souza Benevides afirmou que irá registrar boletim de ocorrência contra a autora do comentário
O capitão da reserva Aldo de Souza Benevides, de 59 anos, foi alvo de um comentário homofóbico em uma rede social nesta quinta-feira (3), após se posicionar sobre um caso policial ocorrido em Rio Brilhante, a 161 quilômetros de Campo Grande. O militar já foi pauta no Lado B por apoiar o relacionamento homoafetivo do filho.
RESUMO
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O capitão da reserva Aldo de Souza Benevides, de 59 anos, foi alvo de um comentário homofóbico após defender o relacionamento homoafetivo do filho. Em uma discussão online sobre um homicídio em Rio Brilhante, uma usuária fez um comentário ofensivo sobre seu filho. Aldo respondeu à ofensa, reafirmando seu amor pelo filho e condenando a homofobia. O comentário foi apagado, mas Aldo pretende tomar medidas legais. Ele recebeu apoio de várias pessoas, incluindo uma mensagem carinhosa do filho. A homofobia é crime no Brasil, equiparada ao racismo pelo STF.
Aldo, que tem um filho homossexual de 31 anos e um genro da mesma idade, relatou que internautas comentavam sobre um homicídio ocorrido na cidade. Em meio às discussões na página de um site local, ele entrou no debate e foi surpreendido por uma usuária que, ao responder seu comentário, o chamou de “ex-policial” de forma pejorativa e fez insinuações sobre seu filho.
“Ela disse: ‘Você não tem vergonha de mentir, né? Tome vergonha. Eu preferiria ter dez filhos bandidos do que um queima a rosca’.” O militar afirmou ter ficado profundamente abalado com a situação, mas não deixou de responder ao ataque preconceituoso da mulher.
O comentário do militar foi: “Não, tem ocorrência e tudo. Mentir sobre uma coisa séria dessa? Quanto a um dos meus filhos, que todos sabem que é gay, que amo ele, e que a senhora diz que é ‘queima a rosca’, para mim não muda nada. Me surpreende sua homofobia", rebateu Benevides.
Apesar da dor, o ex-policial encontrou conforto nas mensagens de apoio que recebeu. “Muitas pessoas que eu nem conhecia mandaram mensagens de solidariedade, e isso nos confortou”, disse ao Campo Grande News. O filho também enviou palavras de carinho ao pai: “Ele me mandou uma mensagem dizendo que me ama. Nosso amor é profundo.”
Cerca de uma hora após o comentário, a mulher apagou sua mensagem, mas Benevides fez um print da conversa e afirmou que tomará medidas legais e registrará boletim de ocorrência contra a autora do comentário. “A homofobia existe, mas eu amo meu filho, e isso nunca vai mudar. Espero que ela repense suas palavras e que haja uma punição moral pelo que fez”, concluiu.
A legislação brasileira prevê punições para casos de homofobia, que é considerada crime equiparado ao racismo pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
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