Produtor desafia Justiça e promete fazer leilão "só para pagar multa"
Os produtores rurais estão dispostos a desafiar a Justiça e ameaçam realizar, no sábado, o Leilão da Resistência, previsto para arrecadar fundos para a contratação de seguranças particulares para proteger as propriedades de invasões indígenas. Na audiência pública na Câmara Municipal, que discutiu a “Paz no Campo”, o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, disse que a venda dos animais pode ser feita "nem que seja só para pagar a multa" estipulada pela Justiça.
Maia comentou que o propósito do movimento é a reunião da classe. “Nós não estamos focados no dinheiro, nós queremos nos reunir para discutir o que está acontecendo. Então a decisão não difere”, friosu.
Para a realização do leilão, é necessário o pagamento de uma multa de R$ 200 mil. “Mesmo que façamos o leilão somente para pagar a multa iremos fazer. O que é caro é a injustiça, e tem coisas que não tem preço”, comentou o presidente da Acrissul.
Ele afirmou que nenhuma milícia será feita, com os valores adquiridos. “Essa história de milícia não é verdadeira, foi um invenção que fizeram”, relatou Francisco Maia.
Leilão da Resistência – O leilão está marcado para sábado, com o objetivo de arrecadar fundos para a defesa dos proprietários rurais, criando uma, suposta, milícia contra a invasão de terras pelos indígenas.
Eles já arrecadaram cerca de 800 animais, com estimativa de doação de até mil, que já estão com o frete pago e serão levados até a sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul).
Por decisão da juíza Janete Lima Miguel, da 2ª Vara Federal, o evento deveria ser suspenso, mas os proprietários rurais, Acrissul e Famasul afirmaram que o movimento acontecerá normalmente.