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Cidades

Justiça federal suspende leilão de produtores para formar milícia

Edivaldo Bitencourt e Lidiane Kober | 04/12/2013 15:14
Movimentos sociais foram ao Fórum da Justiça Federal para protestar contra leilão, previsto para sábado (Foto: Cleber Gellio)
Movimentos sociais foram ao Fórum da Justiça Federal para protestar contra leilão, previsto para sábado (Foto: Cleber Gellio)

A Justiça Federal de Campo Grande concedeu liminar, na tarde desta quarta-feira (4), e suspendeu o Leilão da Resistência, organizado pelos produtores rurais. O pedido foi feito pelos movimentos sociais, que alegaram o acirramento do clima de violência no campo.

A juíza da 2ª Vara Federal, Janete Lima Miguel, concedeu liminar e determinou a suspensão do leilão previsto para arrecadar fundos para a contratação de seguranças e compra de armas para proteger as propriedades rurais das invasões indígenas.

Até ontem, a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) já tinha arrecadado mais de mil animais, de galinhas a bovinos, para vender no sábado. A expectativa era arrecadar R$ 1 milhão com o leilão.

Para o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli Cesar, a decisão barra a contratação de milícias armadas nas fazendas. “A liminar restabelece a ordem, a paz e a segurança no campo”, frisou o sindicalista, que está no Fórum da Justiça Federal acompanhado de lideranças indígenas e do vereador Zeca do PT.

Ele disse que o pedido para suspender o leilão foi feito ontem. Na tarde de hoje, índios foram à Justiça federal para defender a suspensão do leilão.

O presidente da Acrissul, Chico Maia, rebate que o leilão tenha o objetivo de contratar milícias. Ele disse que o objetivo é arrecadar fundos para defender os produtores rurais. Além de seguranças, eles pretendiam reforçar as campanhas e realizar a defesa dos produtores rurais em ações na Justiça.

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