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Direto das Ruas

Prefeitura já notificou 760 terrenos baldios, mas problema persiste em bairros

Em quadrilátero da Vila Morumbi, morador registra inúmeros casos de mato alto e descaso de proprietários

Por Gabriela Couto | 16/04/2025 16:47
Prefeitura já notificou 760 terrenos baldios, mas problema persiste em bairros
Terreno baldio abandonado na Rua Felipe Safad Nogueira, no bairro Aquárius (Foto: Direto das Ruas)

A quantidade de terrenos baldios e áreas abandonadas em Campo Grande segue preocupando moradores, principalmente, durante o período de chuvas, quando o mato cresce rápido e aumenta o risco de doenças e insegurança. Toda semana, novas denúncias chegam às autoridades, mas a população afirma que o problema está longe de ser resolvido, conforme a reclamação dos leitores envidas pelo canal Direto das Ruas.

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A cidade de Campo Grande enfrenta um problema crescente com terrenos baldios e áreas abandonadas, especialmente durante o período de chuvas, quando o mato cresce rapidamente. Moradores relatam insegurança e aumento do risco de doenças. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente emitiu 760 notificações por falta de limpeza entre janeiro e março de 2025, mas a população ainda vê o problema longe de ser resolvido. Em bairros como Chácara Vendas e Vila Morumbi, o matagal e o abandono são comuns, gerando medo e transtornos. Moradores pedem mais fiscalização e ações preventivas para resolver a situação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades), entre os dias 1º de janeiro e 31 de março de 2025, foram emitidas 760 notificações por falta de limpeza em terrenos, mais de 8 em média por dia.

A pasta afirma que as fiscalizações são feitas continuamente e também por meio de denúncias da população. Os dados, segundo a Semades, servem como base para o planejamento das ações futuras. A secretaria, no entanto, não informou o número total de terrenos abandonados na cidade e nem quanto já foi arrecadado com multas.

A realidade em muitos bairros da capital é de abandono. Na Chácara Vendas, por exemplo, moradores relatam que caminhar pelas calçadas da Rua Cambuci, Fidelina da Silva Venda e Augusto Leite Figueredo se tornou impossível. O advogado Wilson Abud, que mora há mais de 40 anos na região, afirma que dois terrenos que ocupam duas quadras foram tomados pelo matagal.

"É lixo, bicho morto, ponto de uso de drogas, sexo em carro, mato que invade o asfalto. Já denunciei ao Ministério Público, mas nada muda. Não acredito mais nessas notificações", desabafa.

Na Vila Morumbi, entre o supermercado Comper da Spipe Calarge e a área do Rádio Clube Campo, o empresário Thiago Moura também relata o descaso. Segundo ele, alguns terrenos pertencem a empresas que não fazem manutenção, o que tem causado transtornos e medo.

"Tem muita cobra, lagarta, aranha. É dengue, chikungunya, zika. A gente se sente impotente. Fizemos protocolos na prefeitura, mas não temos retorno. É uma impunidade que vai alimentando outra", afirma.

Thiago destaca ainda que a região é nova e muitos terrenos estão sendo mantidos para especulação imobiliária. Ele e outros moradores acreditam que trabalhar na prevenção e fiscalização seria mais eficiente e econômico para todos.

Em outra região da cidade, nos residenciais Aquário 1 e 2, o problema é semelhante. Rodrigo Moraes, vice-presidente da associação de moradores, conta que assumiu a função há apenas uma semana e já se deparou com um cenário preocupante.

"O mato tem quase dois metros de altura. Tem vizinho que quase foi picado por escorpião. Recebemos fotos e vídeos todos os dias de pessoas que veem gente se escondendo nesses terrenos. As pessoas estão com medo", relata.

Rodrigo menciona terrenos localizados na Rua Rony Bravo Moura Pedro e na Rua Felipe Safadi de Nogueira, ambos abandonados e motivo constante de reclamações da vizinhança.  "Pelo que entendi não tem fiscalização, aí que está o risco", lamentou.

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