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Cidades

Saúde vê 8 municípios de MS com alta incidência de dengue neste ano

São duas cidades a mais na comparação com 2017; número de notificações, porém, é menor

Humberto Marques | 01/06/2018 18:42
Fumacê está entre as principais ações de combate ao vetor da dengue, zika e chikungunya. (Foto: PMCG/Arquivo)
Fumacê está entre as principais ações de combate ao vetor da dengue, zika e chikungunya. (Foto: PMCG/Arquivo)

Embora registre um número de casos de dengue inferior à metade dos registrados em 2017, Mato Grosso do Sul tem um número maior de municípios com alto índice de incidência da doença neste ano. Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontam que há 8 cidades nessa situação, contra 6 no ano passado ao longo de 21 semanas.

O mesmo não ocorre em relação àqueles em que a dengue é considerada de média incidência – eram 26 no ano passado, chegando a 18 neste ano. O aparente controle da doença na maior parte do Estado se reflete em indicadores hospitalares: no seu último boletim, a SES apontou apenas uma internação por dengue no Estado, de um paciente em Ponta Porã –a 323 km de Campo Grande. Porém, Aquidauana, Campo Grande, Dourados, Jardim e Nova Andradina não informaram dados sobre internações.

Até 30 de maio passado, a SES totalizou 2.998 notificações sobre dengue em Mato Grosso do Sul, contra 3.353 no mesmo período do ano passado (que totalizou 6.201 avisos à saúde pública). Os volumes estão bem abaixo dos quase 60 mil comunicados realizados pelas Secretarias Municipais de Saúde sobre a doença em 2016.

Na comparação com o boletim anterior, com dados entre 20 e 26 de maio, houve 43 notificações a mais no Estado.

Números – Costa Rica é apontada com a maior incidência, na proporção de comunicações pelo número de habitantes: foram 86 diante de uma população de 18.835, conforme calcula a secretaria, resultando em índice de 456,6 casos por 100 mil habitantes.

A alta incidência é apontada sempre que o número de casos supera os 300 para cada grupo de 100 mil pessoas –ou proporcionalmente. Também receberam essa qualificação os municípios de Coronel Sapucaia (390,2), Selvíria (389), Três Lagoas (384,9), Rio Verde de Mato Grosso (351,4), Jardim (349,5), Chapadão do Sul (348,1) e Antônio João (327,7).

Aedes aegypti é o vetor mais conhecido das doenças. (Foto: Sanofi-Pasteur/Divulgação)
Aedes aegypti é o vetor mais conhecido das doenças. (Foto: Sanofi-Pasteur/Divulgação)

Já a média incidência ocorre quando há média entre 100 e 300 casos por 100 mil. Batayporã, Iguatemi, Amambai, Figueirão, Vicentina, Água Clara, Porto Murtinho, Jaraguari, Corumbá, Campo Grande, Eldorado, Sonora, Dois Irmãos do Buriti, Rochedo, Douradina, Ladário, Alcinópolis e Sete Quedas estão nessa condição. Na Capital, o índice de incidência é de 136,6 por 100 mil, diante das 1.137 notificações realizadas sobre uma população de 832,3 mil habitantes.

Zika e chikungunya – A SES também divulgou números atualizados sobre os casos de zika e chikungunya no Estado. A primeira doença –que ganhou notoriedade a partir de 2015, quando começou a ser atribuídos a casos de microcefalia em bebês– registra baixa incidência em todo o Estado: em Rio verde, foram 9 notificações diante de uma população de 19,3 mil habitantes (índice de 46,5).

Considera-se baixa infestação todo o índice inferior a 100 por grupo de 100 mil pessoas. Na Capital, com 52 notificações, o quantitativo foi de 6,2. Em todo o Estado, houve 133 notificações de zika até 30 de maio –e 418 em todo o ano passado.

O mesmo ocorrem em relação à chikungunya, também com índices de baixa incidência no Estado. A situação mais preocupante está em Juti onde, diante dos 6,2 mil habitantes, houve 6 notificações (índice de 96,1). O segundo lugar é de Dourados (208 notificações e 207 mil habitantes, índice de 57).

Em Campo Grande, foram notificados 97 casos suspeitos de chikungunya (índice de 11,7). O estado recebeu 352 informes sobre a doença neste ano, contra 573 em todo o ano passado.

As três doenças têm o mosquito Aedes aegypti como seu principal vetor, motivando o poder público a ações de combate às larvas do inseto como seu principal meio de controle. Isso é feito por meio de mutirões para remoção de lixo e entulho das casas, que servem como criadouros, e pela borrifação de veneno (o fumacê).

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