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Cidades

Se houver acordo, greve dos Correios pode chegar ao fim nesta segunda-feira

Luciana Brazil | 30/09/2013 10:43
Faixa em frente a agência da rua Barão do Rio Branco aponta a paralisação. (Foto:Marcos Ermínio)
Faixa em frente a agência da rua Barão do Rio Branco aponta a paralisação. (Foto:Marcos Ermínio)

A greve dos funcionários dos Correios que há 13 dias paralisa grande parte dos serviços em todo país, pode chegar ao fim nesta segunda-feira (30). Segundo o Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares), uma reunião marcada para hoje, em Brasília, entre empresa e sindicatos, poderá normalizar os trabalhos, se houver acordo entre as partes.

“Nós estamos esperando esse contato da empresa. Fizemos uma contraproposta e a empresa disse que ainda hoje faria uma reunião em Brasília com os representantes de sindicatos”, explicou o secretário geral Alexandre Takashi de Sá.

Na última quinta-feira (30), os funcionários de Mato Grosso do Sul aprovaram, durante assembleia, a contraproposta de acordo encaminhada pelo Comando Nacional de Negociação da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares).

A proposta já foi encaminhada ao ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Fernando Eizo Ono. Se não houver acordo hoje, os funcionários só voltam aos trabalhos depois do julgamento do dissídio pelo TST, com data ainda indefinida.

No documento, a proposta prevê a manutenção da Assistência Médica (Correio Saúde) no moldes atuais e extensivos aos novos empregados, mantendo a ECT como gestora direta dos Correios Saúde, sem a possibilidade de gestão por qualquer outra entidade.

Também foi proposto que o abono dos dias parados, incluindo as paralisações dos dias 11 de julho e 30 de agosto, comprometendo os trabalhadores a colocar a carga represada por conta da greve nacional em dia.

Está previsto também o reajuste salarial de 8% extensivo a todos os benefícios, aumento linear de R$ 100, implantação da entrega postal matutina em todo o território nacional, pagamento do auxílio creche a todos os funcionários, sem discriminação, contratação imediata de mais trabalhadores, através de Concurso Público, em substituição aos terceirizados e MOTs.

Ainda está na proposta a isonomia das gratificações de função motorizada pelo maior valor em todas as DRs e inclusão do pagamento do 13º talão de ticket alimentação nos mês de dezembro.

Adesão: Em todo Mato Grosso do Sul, 60% dos funcionários aderiram à greve, segundo o Sintect. Em Campo Grande, conforme a entidade, o número chega a 70% só entre os empregados do setor de distribuição. Os dados não conferem com os números repassados pela empresa. Os correios garantem que em Mato Grosso do Sul 92,09% dos empregados dos Correios estão trabalhando. Entre os carteiros a presença seria de 87,41%.

No Estado, a empresa informou, por meio de assessoria de impresna, que os Correios realizam o acompanhamento de frequência dos trabalhadores por meio de sistema eletrônico e que confirma junto a todas as unidades, por meio do cartão de ponto.

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