Sejusp diz que pendências impedem utilização de aeronaves apreendidas
Após denúncia do juiz federal Odilon de Oliveira sobre a não utilização de 13 aeronaves que foram cedidas ao governo de Mato Grosso do Sul, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) justifica seis casos.
De acordo com ofício encaminhado nesta terça-feira pela Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo ao secretário de Segurança, Wantuir Jacini, cada aeronave está parada devido a situações específicas.
O helicóptero do traficante Juan Abadia, que foi “hóspede” do presídio federal, está em posse do Estado desde 2007 e, conforme o governo, “está aguardando doação em definitivo para poder cumprir boletim de motor, expedido pela fabricante Rools Royce, o qual o tornou indisponível, devido ao alto custo, em torno de 1/3 da aeronave”.
O outro helicóptero citado pelo juiz federal Odilon de Oliveira, titular da Vara Especializada em Lavagem de Dinheiro é o PT-GMS, de fabricação francesa e custo de R$ 6.640.000,00 que nunca voou. De acordo com a Sejusp, foi feito um recall no rotor de cauda, pela fabricante, e agora é aguardado o pagamento do seguro, que já está em fase de conclusão.
No caso do PT-SEM Gulfstream GII, “já foi solicitado à Justiça de SP a autorização para venda, sendo ratificado o pedido recentemente”.
A aeronave PT JDF – Cessna Skyline teve a cessão revogada pela Justiça Federal em março do ano passado, e agora pertence ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça Federal), mas está no hangar da oficina Hora.
O avião PT KPFG Baron 56, está em investigação pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos), desde abril de 2012, devido acidente.
Já a PR –FPG Baron 58 está “aguardando compra por parte do Samu Estadual dos equipamentos aeromédicos”, devido a convênio com o Corpo de Bombeiros.
Conforme a denúncia do magistrado federal, as aeronaves que não estão sendo utilizadas foram apreendidas com traficantes. Para ele, os veículos poderiam ser usados no monitoramento da fronteira.