Senado aprova reajuste no judiciário, mas servidores continuam greve em MS
Senado Federal aprovou nesta terça-feira (30) o projeto que reajusta os salários dos servidores do Poder Judiciário Federal. Apesar da decisão favorável, o Sindjufe/MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul) decidiu, nesta tarde, que não vai encerrar a greve até que o projeto seja sancionado pela presidente Dilma (PT).
O PLC 28/2015 (Projeto de Lei Complementar) quer garantir aos servidores aumento médio de 59,5% nos próximos quatro anos. Para isso, greves e protestos foram realizados. Segundo o Sindjufe/MS, o principal pedido é a criação de um plano de carreira, reivindicação que é feita desde o ano passado.
Atualização - De acordo com o sindicato, os servidores estão há nove anos sem reposição de seus salários em relação à inflação, o que levou os vencimentos à defasagem de 50% em relação à alta de preços.
Nesta terça-feira, o governo expediu diversos pedidos de adiamento da pauta. Entre eles, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). O senador entregou requerimento solicitando prorrogação, mas foi negado. Ao todo, 46 senadores contra 12 escolheram analisar o projeto original.
Para Delcídio, o direito do Judiciário a reajuste é inquestionável, mas acredita firmemente que a atual proposta será vetada pela presidência e, por isso, o projeto corre risco de ser derrubado, precisando ser retomado “do zero”.
Impacto - De acordo com o Ministério do Planejamento, o impacto do reajuste nos cofres públicos será de R$ 25,7 bilhões.
Para Antônio César Medina, do Sindjufe/MS, os servidores da Justiça e Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul permanecerão em greve até que o projeto seja sancionado pela presidência.
Ele está em Brasília para acompanhar a situação e não acredita que a presidente vetará o projeto. Segundo o sindicato, a greve tem adesão de 80% dos servidores, o que representa cerca de 250 funcionários parados em todo o Esatdo.