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Cidades

Sinpol aponta condições precárias em prédio do IMOL da Capital

Filipe Prado | 01/07/2015 20:55
Muitos equipamentos estão enferrujados (Foto: Divulgação)
Muitos equipamentos estão enferrujados (Foto: Divulgação)

O Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais de Mato Grosso do Sul) constatou que o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande está em condições precárias. Entre os problemas observados, o local não possui ventilação adequada, equipamentos sucateados e até o funcionamento precário da câmara fria, usada para a preservação dos corpos.

Conforme a assessoria de imprensa do sindicato, não há efetivo suficiente no IMOL e na Coordenadoria Geral de Perícias para atender a demanda de Campo Grande e cidades próximas, sendo que a escala de trabalho ultrapassa a carga horária estipulada por lei. O diretor jurídico do Sinpol, Giancarlo Miranda, lembrou que em novembro de 2014, foi registrada uma troca de corpos, por conta do déficit na estrutura.

O sindicato ainda apontou que a sala de necropsia está com equipamentos enferrujados, instalações elétricas inadequadas, ferramentas insuficientes e falta de autoclave para desinfecção dos utensílios. Também não há jaleco impermeável e luvas adequadas. "Há o risco permanente dos servidores contraírem doenças", alertou Miranda.

Na tarde de ontem (30) foi realizado uma reunião entre os diretores do Sinpol e o coordenador-geral de perícias, José Bento Corrêa, para discutir sobre o sucateamento do IMOL e pedir providências. Um relatório foi redigido, sendo apresentado para o coordenado-geral, e posteriormente enviado a SEJUSP (Secretaria Justiça e Segurança Pública) e ao governo do Estado.

“Esperamos que a situação, que já se arrasta há muito tempo, seja resolvida para que os servidores tenham um local adequado para realizar suas tarefas e a sociedade tenha uma resposta mais rápida do trabalho pericial", confessou o diretor jurídico do Sinpol.

A última reforma do prédio foi realizada em 2009, mas, conforme Miranda, está abandonado, sendo reflexo das administrações anteriores. Ele apontou que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) possui vontade e está determinado em amenizar a situação atual.

Sobre o déficit efetivo dos policiais científicos, Miranda apontou que há mais de 10 anos não é realizado um concurso para o cargo. "É preciso realizar um concurso imediatamente para suprir a falta de profissionais nesta área ou que seja alterada a Lei Orgânica da Polícia Civil para o reaproveitamento desses servidores em outras funções dentro da Instituição", declarou.

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