Testemunha diz que não havia exaustores para liberar fumaça de prédio
Parente de uma moradora do condomínio Leonardo da Vinci, na Rua Amazonas, bairro Monte Castelo, em Campo Grande, onde ocorreu incêndio na madrugada deste domingo, disse que o alarme do prédio demorou 15 minutos para tocar e poucos moradores ouviram porque o dispositivo fica em um corredor fechado.
“Ela (a parente) me ligou por volta das 2h30, 2h45. A impressão é que estava tocando o alarme de algum apartamento e não de um incêndio. Os bombeiros demoraram 30 minutos e quando chegaram ficaram meio que perdidos, a mangueira não desenrolava, acho que faltou preparação, mas a segunda equipe foi rápida”, relatou a testemunha, que fotografou os corredores e o desespero de moradores acima do novo andar, onde ocorreu o incêndio.
Informações de outros moradores dão conta de que as janelas basculantes nos corredores estavam todas lacradas. Os bombeiros tiveram que quebra-las. A testemunha que ajudou na retirada de pessoas do prédio disse que não havia exaustores de fumaça. “As janelas basculantes nos corredores e acessos ao elevador de serviço estavam parafusadas”.
Outro detalhe observado pela testemunha é que a porta antiincêndio não fechou. “Faltou orientação aos moradores para que não colocassem obstáculos próximos às portas antiincêndio que deveriam vedar a fumaça e impedir que as pessoas se intoxicassem”, disse um dos moradores, que lamentou a falta de cursos de orientação sobre prevenção de incêndio e simulações de socorro no prédio.