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Cidades

Zeolla depõe sigilosamente na PGJ em menos de 2 horas

Redação | 24/03/2009 19:50

Segundo informações da assessoria da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça), o depoimento do procurador Carlos Alberto Zeolla, 44 anos, prestado à corregedoria do órgão começou às 16h e terminou às 17h20. O relato do procurador, autor confesso do homicídio que deu fim a vida do sobrinho Cláudio Zeolla, 23 anos, aconteceu sob total sigilo.

Agora, de acordo com a assessoria, a corregedoria dará seu parecer dentro dos próximos dias. Após ser sabatinado, o procurador retornou à Clínica Carandá, local em que está internado.

No depoimento em processo administrativo prestado à corregedoria, o autor confesso do crime respondeu aos questionamentos do corregedor-geral, Anísio Bispo dos Santos. Foi apurado se a conduta de Zeolla fere o que preconiza o MPE (Ministério Público do Estado) diante do cargo público que o procurador exercia.

O depoimento também foi ouvido pelos integrantes da comissão composta por procuradores, que analisa o caso. Os membros dessa comissão são Nilsa Gomes da Silva e Evaldo Borges Rodrigues da Costa.

Como se trata de uma investigação na esfera administrativa, nem o advogado do procurador, Ricardo Trad, participou da oitiva. Pelo fato de ter sido realizada a portas fechadas, o teor da sabatina ainda é desconhecido.

O procedimento corre paralelamente ao inquérito criminal. Caso seja constata irregularidade administrativa por parte do procurador, ele poderá perder o cargo. Se a decisão for favorável a ele, Zeolla ainda pode se aposentar com pagamento mensal de R$ 24 mil.

Uma outra comissão processante se responsabilizou em avaliar a parte criminal. Os procuradores de Justiça designados para a comissão foram Olávio Monteiro Mascarenhas, Silvio Cezar Maluf e Belmires Soles Ribeiro.

Em 18 de março, o TJ (Tribunal de Justiça) concedeu ao procurador afastado internação em hospital psiquiátrico. Desde então, ele está internado na Clínica Carandá. Laudos solicitados pela Justiça já foram entregues e repassados à acusação e defesa hoje que terão 24 horas para analise. Com base na avaliação, o TJ irá decidir se Zeolla continua ou não internado.

O STJ avalia também pedido de habeas Corpus e reconsideração de flagrante, já negados pelo Tribunal de Justiça do Estado. O procurador só deve sair do hospital mediante decisão judicial. Em caso de alta médica, deve retornar ao Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros).

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