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Bate Papo Empreendedor

Antes e Depois: O Marketing e você!

Heitor Castro | 15/02/2021 13:03

O marketing ajudou muito as empresas a olharem para fora e ouvir o consumidor.

Fez isso tão bem feito, que muitos negócios pararam de pensar e começaram a esconder sua própria identidade, sua opinião crítica.

Está com alguma dúvida? Pergunta lá para o consumidor.

Foi assim que o consumidor virou um Deus.

Seu comportamento foi tão estudado que virou um mapa de estratégias a serem seguidas, por isso que as pessoas desconfiam e dizem “nada disso aí é verdade, é tudo marketing.”

Pense que por trás do consumidor existe um ser complexo, mutante e que age de várias formas.

Reduzir esse consumidor a um perfil sociodemográfico, com comportamento tipificado e segmentado nos passa muita — segurança — que o alvo é claro, e que a estratégia vai dar certo.

Bom, essa ideia daria certo no antes, no cenário lento, estável e previsível do século 20.

Hoje na horizontalidade e na mobilidade, nenhum alvo se estabiliza o suficiente, a ponto de se ter absoluta certeza de que ele será atingido.

 Essa segurança faz apenas uma coisa:

— mantém — muita gente usando esse modelo de pensar antigo, apesar de utilizarem ferramentas tecnológicas do século 21.

O que surgiu de novo então?

Um indivíduo mais bem informado, mais crítico e autônomo, que espera mais das empresas.

-Que espera uma relação mais franca e humana, sem idealizações e seduções criativas.

-Espera boas soluções para o seus problemas, mas sem estratégia de gato e rato, como se fosse impossível o consumidor e empresa terem interesses convergentes.

-Que espera uma atitude mais madura, onde as identidades verdadeiras alimentam a relação de lealdade e de confiança mútua entre todos.

Nesse novo cenário, a “segurança” do business está na sua identidade cultural, clara e contemporânea protagonizando as relações de consumo, de trabalho, de investimentos e de parcerias.

A verdade é que o marketing cumpriu sua missão de colocar o cliente no centro.

— A famosa cultura do Customer Centric. —

O próximo passo? Criar a cultura com o ser humano no centro, — Human Centric —.

Alguns dizem que esse não é trabalho para o Marketing e sim para o RH.

Nos EUA empresas que entenderam essa nova realidade, acabaram com o Marketing e com o RH, porquê?

Descobriram que a competência dessas áreas não é lidar com o consumidor ou muito menos com colaborador...

— É lidar com gente. —

Esses são os novos tempos, se adapte e seja bem vindo.

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