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De olho na TV

A lição da internet

Taynara Menezes | 08/10/2018 11:51

FIM DE PAPO - Segundo round vem aí. Marqueteiros já estão a postos. Eleitores têm esperança de, na volta do horário político, ver e ouvir algo melhor do que foi ao ar no primeiro turno destas eleições. Audiência das redes sociais ensinou muito aos profissionais da área.

NA MARGEM DE ERRO – Eleitorado brasileiro fez ouvidos de mouco a pesquisas e pregações “contra o fascismo e o atraso” tão propagados no 1º turno da eleição presidencial. Na divisão por municípios brasileiros, houve empate técnico; Bolsonaro venceu em apenas 200 a mais que o adversário Haddad.

VIAGEM AO CÉREBRO DO ELEITOR – Polarização no primeiro turno produziu resultados dos mais bizarros. Teve de tudo; eleição de palhaço, de ator pornô e mandou para casa velhos caciques e suas dinastias nada maravilhosas.

COMO ENTENDER O ELEITOR – Ex-parlamentar constituinte; no ar diariamente, com opiniões abalizadas e coerentes, radialista e jornalista Sérgio Cruz não conseguiu eleger-se deputado estadual. Lucas de Lima, o consolador de solitárias, com apenas dois anos como vereador de poucos projetos é eleito. Audiência despolitizada dá nisso.

MINHAS COMADRES – Usar o rádio e repetidoras de TVs como credencial ao estrelismo parlamentar não produz resultados de outrora. Programas popularescos e/ou de audiência fácil não são plataformas de campanha de quem busca lugar ao sol das tribunas.

ENFIM – Deputado Maurício Piccarelli, o que, graças ao rádio, mais tempo permaneceu nos corredores da Assembleia Legislativa está fora de combate. Atuação parlamentar não teve tanta repercussão e o eleitor passou a ler antes de assinar nomes na urna eletrônica. Simples assim.

VOZES DO ALÉM – Separados de papel bem passado e na corrida por cargos legislativos, casal de radialistas de Dourados marcou presença na disputa deste sete de outubro. Marçal Filho conseguiu vaga na Assembleia e Keliana Fernandes volta, talvez, às ondas hertzianas.

ELAS NÃO – Falta de assessoria e/ou as dinastias estão chegando ao fim. Sem realce em suas ações parlamentares, deputadas não conseguiram reeleição; outras novatas também ficaram pelo caminho. Que seja bem-vindo e eficaz o clube do bolinha de MS.

FAVAS NÃO CONTADAS – Vibra a pequena massa de prestadores de serviços que conseguiu trabalhar na presente campanha. Apito final do juiz marcou o segundo turno de uma eleição que, para muitos, já tinha resultado sacramentado em direção à reeleição do governador.

URNA POR URNA – Na corrida da decantada ‘marcha das apurações’ pelo rádio, venceu a tradição; Capital FM na cabeça e na orelha. Esparsos boletins por retransmissoras de TVs locais não afastaram curiosidade de ouvintes. Principalmente quanto aos cargos proporcionais.

DIREITA VOLVER – O humorista Tiririca prometeu em programa de Roberto Cabrini, no SBT, que não concorreria mais a uma vaga como deputado federal. Cumpriu; elegeu-se deputado estadual por São Paulo. Às favas o escrúpulo.

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