A desigualdade não é só social, surge a de temperatura
A produtividade laboral começa a diminuir aos 34 graus Celsius. Os trabalhadores perdem 50% de sua capacidade. Os países começam a apresentar leis que regulem a relação entre trabalho e temperatura. Os casos mais estudados são os dos motoboys, dos entregadores, que não tem tempo de buscar sombra ou hidratar-se. Eles além de perder a capacidade de concentração pelo calor excessivo a que são submetidos, tem de ficar parados nos sinaleiros de um a 1,5 minuto sob sol escaldante, é torturante.
Ações e leis para combater desigualdade de temperatura.
Algumas cidades estão criando corredores, específicos para motoboys, plantando árvores que lhes permitam descansar à sombra. O Chile estabelece limites para tempo de trabalho segundo a temperatura. Na China, se a temperatura chega a 35 graus Celsius, é obrigado reduzir o tempo de trabalho. E se chega aos 40 graus, o trabalho ao ar livre é proibido. No Catar está proibido trabalhar entre 11:30h e 13:00h, horário de pico de calor. Há muitas leis e ações de proteção dos trabalhadores por causa da elevação mundial da temperatura. Mas há uma ação comum a todos: plantam árvores em enorme quantidade nas cidades.
O gráfico da segurança do trabalho em altas temperaturas.
Construíram um gráfico que facilita o entendimento da segurança laboral em altas temperaturas. Todavia, há um fator que dificulta sua utilização no Brasil. Utilizam como índice para medição da relação trabalho x temperatura o "bulbo úmido". É um conceito pouco familiar, mas chave nos estudos de estresse térmico ocupacional. Dizem os estudiosos que é a melhor maneira de avaliar o dano que o calor excessivo pode causar ao corpo humano. O "bulbo úmido" leva em conta a temperatura do ar, a velocidade do vento, a umidade e a radiação solar.
