A disputa entre a bateria japonesa e a chinesa
O carro elétrico é o presente e o futuro. Em dez anos, somente os elétricos trafegarão nas ruas e estradas da Europa, os movidos a diesel e gasolina serão proibidos. Mas a tecnologia para fabricá-los ainda tem problemas. Seus usuários pedem mais autonomia, tempo menor de recarga e, sobretudo, preços mais acessíveis. Na corrida para conseguir vencer essas dificuldades, há uma competição que está acelerando: pesquisas são feitas para encontrar o que denominam de "Santo Graal" do carro elétrico, a bateria de estado sólida dos japoneses luta contra a de íons de sódio chinesa.
Toyota na cabeça.
Tudo indica que a Toyota lidera o pelotão que pesquisa a bateria de lítio de estado sólido. Disputam com ela a Volkswagen, a Nissan e a BMW, aparentemente bem mais atrás. A empresa nipônica defende que realizou um avanço rompedor para resolver os problemas de durabilidade e que já encontraram uma solução para a questão dos materiais que permitiria que um veículo elétrico tivesse alcance de 1.200 quilômetros e um tempo de recarga de dez minutos. Ainda afirmam que colocarão essa bateria no mercado no máximo em três anos. As ações da Toyota saltaram 10% em um dia. Vale lembrar que a Toyota quebrou a cara por não acreditar na hegemonia do carro elétrico e, no momento, tem apenas 1,8% desse mercado.
Chineses chegando junto.
Ainda que a Tesla desfrute de marcas sensacionais no mercado do carro elétrico, parece que o futuro desse automóvel é asiático. Se os japoneses deram passos fundamentais para vencer essa disputa, os chineses não ficam atrás. A China está depositando todos seus esforços na bateria de íons de sódio. Apostando que essa tecnologia será a vencedora, os chineses já compraram 60% da demanda total do lítio, 30% de cobalto e 10% de níquel. Serão hegemônicos, caso a de íons de sódio vença a corrida. Tal como os japoneses, prometem colocar essa bateria no mercado em três anos.