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Em Pauta

A epidemia do fígado gorduroso, o órgão que se "enfurece"

Mário Sérgio Lorenzetto | 01/07/2023 07:30
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Não sentimos dor no fígado. Suporta sem queixar, inclusive quando temos enfermidades hepáticas avançadas. Mas as 500 funções que realiza o converte no órgão que mais sofre com um estilo de vida de exageros. O fígado é uma usina e um armazém. Guarda energia e vitaminas, regula nossos hormônio e ainda filtra substâncias nocivas para nosso corpo. A dieta deficiente, com abundância de açúcares e ultraprocessados, o consumo excessivo de álcool e o sedentarismo estão diretamente relacionados com aquilo que os médicos estão chamando de "epidemia do fígado gorduroso" que afeta 38% da população mundial.


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4% dos casos vira cirrose.

A acumulação de gordura no fígado, na maioria das ocasiões, não desemboca em uma enfermidade grave. Mas em torno de 4% pode virar cirrose e 0,5% vira câncer. Pode parecer porcentagens pequenas, mas quando se verifica a magnitude de 38% da população com fígado gorduroso, mais de um terço, os números são elevadíssimos. Milhões de vidas se perdem anualmente, muitas delas só tomando conhecimento quando o processo está avançado.


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Boas e más notícias.

Ainda que essa enfermidade não pare de crescer - sua incidência duplicou desde 1.990 - há algumas boas notícias. A primeira é a de que o fígado tem uma capacidade assombrosa de regeneração, desde que ainda restem 25% do órgão sadio. A segunda é de que se detecta a tempo, pode evitar as enfermidades mais graves, como a cirrose e o câncer. Mas há uma ruim que eclipsa essas duas: raras vezes se detectam a tempo.


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Os possíveis tratamentos.

Quando o fígado evolui para enfermidades mais graves, chega a um ponto em que não se pode reverter. O único grande avanço foi a criação do medicamento denominado "Sovaldi", usado no tratamento da hepatite C que, sem duvida, salvou milhões de vidas. Também existem algumas vacinas prometedoras, mas são "promessas". No recente Congresso dessa área da medicina em Viena, surgiu uma pesquisa com transplante de fezes. Mas também é uma "promessa".
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