A geração covid: comprovado que a escola é insubstituível
Mário Sérgio Lorenzetto | 24/05/2020 07:00
Desde que o covid-19 transformou nossas vidas, mais de 1,5 bilhão de alunos, no mundo seguiram seus estudos em casas. Está sendo um gigantesco laboratório da capacidade da educação à distância, dando resposta a uma necessidade urgente. Mas está, ao mesmo tempo, levantando importantes interrogações. Que lições aprendemos, naquela que é normalmente a época mais importante da vida humana?
Aula não é escola.
Em uma época em que a tecnologia se mostra fundamental em todos os setores da vida humana, está bastante claro para todos os estudiosos da educação no mundo, que a escola é insubstituível. Aula não é escola. É um espaço comum para todos e de igualdade de oportunidades, que não é substituível por um celular ou computador.
Em uma época em que a tecnologia se mostra fundamental em todos os setores da vida humana, está bastante claro para todos os estudiosos da educação no mundo, que a escola é insubstituível. Aula não é escola. É um espaço comum para todos e de igualdade de oportunidades, que não é substituível por um celular ou computador.
Há espaço para a educação à distância.
É um momento chave para a educação. Temos de urgentemente listar tudo que é possível ser feito à distância e aquilo que não é possível. Qual o valor que devemos dar à educação com o professor em sala de aula. Os estudiosos da educação lançam um primeiro debate: há necessidade das crianças e jovens realizarem exercícios físicos na escola? São exercícios que podem fazer facilmente em suas casas. Esse seria um espaço para a educação à distância. Quais os outros?
É um momento chave para a educação. Temos de urgentemente listar tudo que é possível ser feito à distância e aquilo que não é possível. Qual o valor que devemos dar à educação com o professor em sala de aula. Os estudiosos da educação lançam um primeiro debate: há necessidade das crianças e jovens realizarem exercícios físicos na escola? São exercícios que podem fazer facilmente em suas casas. Esse seria um espaço para a educação à distância. Quais os outros?
Correr e tocar uns nos outros: impossível de ser feito à distância.
O primeiro debate está lançado. Correr e tocar não são substituíveis pelo computador. As crianças necessitam aprender a conviver com outras crianças, aprendem a sentir e até a cheirar outras crianças. Não há como criar uma identidade de grupo, viver em comum, fora da escola.
O primeiro debate está lançado. Correr e tocar não são substituíveis pelo computador. As crianças necessitam aprender a conviver com outras crianças, aprendem a sentir e até a cheirar outras crianças. Não há como criar uma identidade de grupo, viver em comum, fora da escola.
Pode funcionar parcialmente para adultos.
Está claro que a educação à distância funciona melhor com adultos - ainda que tenham de passar por um doloroso processo de aprendizagem - porque requer motivação, autonomia e disciplina que, definitivamente, não estão presentes nas crianças, e ninguém sabe responder à partir de qual idade passa a valer para os jovens do ensino secundário.
Está claro que a educação à distância funciona melhor com adultos - ainda que tenham de passar por um doloroso processo de aprendizagem - porque requer motivação, autonomia e disciplina que, definitivamente, não estão presentes nas crianças, e ninguém sabe responder à partir de qual idade passa a valer para os jovens do ensino secundário.
A barreira geracional tecnológica.
Todavia, se para os alunos adultos o processo de aprendizagem à distância requer algum sacrifício, para seus professores está demonstrado que há, no mundo, um total e completo despreparo. "O caos com luz no fim do túnel", é como vem sendo denominado a complexa aprendizagem tecnológica por que passam os professores. Há uma evidente barreira geracional tecnológica entre alunos e professores.
Todavia, se para os alunos adultos o processo de aprendizagem à distância requer algum sacrifício, para seus professores está demonstrado que há, no mundo, um total e completo despreparo. "O caos com luz no fim do túnel", é como vem sendo denominado a complexa aprendizagem tecnológica por que passam os professores. Há uma evidente barreira geracional tecnológica entre alunos e professores.
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