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Cassems pagou R$ 1 bi em serviços em 2024; repasse ajudou a reduzir déficit

Balanço contábil apontou saldo de R$ 3,6 milhões; mas operação teve déficit de R$ 14 milhões

Por Maristela Brunetto | 31/03/2025 12:17

Cassems pagou R$ 1 bi em serviços em 2024; repasse ajudou a reduzir déficit
Cassems publicou balanço de receitas e despesas de 2024 (Foto: Arquivo)

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A Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) divulgou seu balanço patrimonial de 2024, revelando o pagamento de R$ 1,094 bilhão em serviços de saúde aos beneficiários. Apesar de apresentar superávit contábil de R$ 3,6 milhões, a operação registrou déficit de R$ 14 milhões, segundo o presidente Ricardo Ayache. O resultado só não foi pior devido ao repasse de R$ 60 milhões do governo estadual para compensar gastos com Covid-19. A instituição, que atende cerca de 200 mil pessoas, investiu R$ 36,4 milhões na ampliação de leitos e melhorias nas unidades. Para 2025, planeja expandir serviços no interior e implementar medidas para equilibrar as contas, como novo modelo de contribuição e redução de custos administrativos.

Balanço patrimonial divulgado hoje pela Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) aponta que ao longo do ano passado a caixa de assistência pagou cerca de R$ 1.094 bilhão na prestação de assistência à saúde de seus beneficiários. Além disso, destinou R$ 36,4 milhões para ampliar leitos e melhorar unidades de atendimento na capital e no interior. Sob o ponto de vista contábil, houve superávit líquido de R$ 3.617.392,47.

Entretanto, o presidente, Ricardo Ayache, aponta que na operação do serviço, o resultado final foi de déficit, de cerca de R$ 14 milhões. Segundo ele, a situação teria sido mais impactante se o Governo Estadual não tivesse liberado R$ 60 milhões no segundo semestre de 2023, a título de compensação por despesas excepcionais relacionadas à covid 19.

O dirigente também associa a redução do déficit a uma série de medidas de gestão, como  aquisição de medicamentos diretamente de laboratórios, inclusão de serviços em sua própria rede de atendimento, em vez de remunerar prestadores, e a economia com energia através de uma usina fotovoltaica.

O plano começou atendendo servidores públicos estaduais, após a separação de previdência e saúde oferecidos pelo extinto Previsul. Hoje também tem convênios com prefeituras e associados particulares. São cerca de 200 mil pessoas, segundo consta no balanço.

O balanço é uma reunião de dados contábeis para mostrar a condição financeira. Conforme o documento, o chamado ativo circulante, um recurso de acesso e utilização rápida, movimentou R$ 298,3 milhões em 2024, contra R$ 277,5 no ano anterior; os passivos nessa condição são de R$ 338,3 milhões. Já o não circulante, com recursos a longo prazo, representa R$ 429,8 milhões e o imobilizado, que envolve estruturas físicas, representa R$ 398,7 milhões, praticamente mesmo valor do ano anterior.

Sobre as despesas com os atendimentos, a nota do Conselho de Administração, formado por gestores e representantes dos usuários, cita que o “valor abrangeu custos com prestadores de serviços, tanto na rede própria quanto na credenciada.”

Nas explicações sobre o resultado contábil, o Conselho aponta que atingiu superávit com “gestão financeira equilibrada e do controle eficiente das receitas e das despesas.” O grupo considera que o desempenho demonstra solidez e busca por sustentabilidade. Consta, ainda, que houve “aumento expressivo das despesas assistenciais, que elevou significativamente a sinistralidade do plano e exigiu uma revisão urgente da estratégia financeira.”

Novos desafios- Ayache considera que o cenário segue “bastante complicado” para os planos de saúde. Novos medicamentos e tratamentos, surgimento de novas doenças estão entre os desafios que encareceram os serviços, explica.

Contudo, ele aponta que a Cassems conseguiu alcançar “o menor custo possível” para os serviços. Ele reconhece ainda não haver o cenário ideal no balanço entre receitas e despesas, mas defende que é um desempenho melhor que 2023 e que com o prosseguimento de medidas administrativas o orçamento deverá melhorar o desfecho. “Há muito por andar, mas estamos avançando”, analisa.

Na nota que acompanha o balanço, a gestão do plano ainda elenca ações estratégicas para 2025, incluindo serviço de hemodiálise em Nova Andradina, ampliação de atendimento oncológico no interior, avanço da telemedicina, regionalização de atenção e programas de prevenção a doenças. Para ampliar receitas, aposta estudar novo modelo de contribuição, buscar novas oportunidades de recursos, criar novo fundo de reserva, reduzir custos, aumentar controle de despesas administrativas, ampliar política de governança com foco em riscos e controles internos.

A Cassems mantém unidades de atendimento em quase todas as cidades e serviços hospitalares em Campo Grande, Corumbá, Dourados, Três Lagoas, Nova Andradina, Ponta Porã, Coxim, Aquidauana, Paranaíba e Naviraí. A apresentação do balanço contábil aos associados ocorrerá em assembleia ordinária, no final de abril.

O balanço foi publicado no Diário Oficial do Estado.


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