Para surpresa de Ayache, filiados à Cassems votaram por manter eleição ilimitada
Conselho de Administração realizou assembleia extraordinária e propôs a limitação que foi rejeitada
A assembleia extraordinária de conveniados à Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), realizada ontem (10), rejeitou proposta apresentada pelo Conselho de Administração do plano de saúde de criar limites à reeleição. O presidente, Ricardo Ayache, disse que a decisão causou surpresa.
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A assembleia extraordinária da Cassems, realizada no Centro de Convenções de Campo Grande, reuniu cerca de 1,7 mil servidores para discutir a gestão do plano de saúde. A proposta de limitar a reeleição foi rejeitada, surpreendendo o presidente Ricardo Ayache. O encontro, que se estendeu por sete horas, focou em questões econômicas do convênio, embora não tenha havido votação sobre contribuições. Ayache destacou que a Cassems, que atende 215 mil pessoas, recebeu um aporte de R$ 60 milhões do governo estadual no ano anterior, e que as contribuições variam entre 6% e 7,5% dependendo do número de dependentes.
Servidores lotaram o Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande, porque queriam debater cláusulas econômicas do convênio. Ayache disse que o tema não estava na pauta do encontro, o que pode ser discutido em assembleia ordinária própria para a prestação de contas, que ocorre em abril de cada ano.
Segundo ele, ontem foi apresentada uma análise de conjuntura econômica geral dos planos de saúde e específica da Cassems, que tem 215 mil pessoas conveniadas e no ano passado recebeu aporte adicional de R$ 60 milhões do Governo do Estado. O plano atende servidores públicos estaduais e funcionários de algumas prefeituras. A contribuição varia entre 6% e 7,5%, conforme o número de dependentes e há outro percentual repassado pelo Executivo. Há uma cobrança diferenciada quando o dependente não é marido, esposa ou filho do servidor, mas mãe, por exemplo, com a cobrança conforme a faixa etária do agregado.
Sobre a rejeição do limite à reeleição, Ayache acredita que tenha ocorrido num movimento de rejeição geral de assuntos não econômicos do plano. Ele apontou a possibilidade de estudos sobre contribuições, porém em outro momento. “A gente não faz isso nesse formato”, disse sobre discutir sem dados técnicos. Ele viu um movimento de opositores à administração do plano no clima tenso da assembleia.
Com o auditório lotado, com cerca de 1,7 mil pessoas, a assembleia se estendeu por cerca de sete horas, houve falta de energia, atraso no início dos debates. Segundo Ayache, durante a discussão dos temas muitos ocuparam o microfone para expor suas preocupações, mas questões relacionadas ao custeio não foram alvo de votação.