Confusão e protesto de servidores atrasam em 2 horas assembleia da Cassems
Há pelo menos duas mil pessoas no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo
Marcada para 14h, a Assembleia Geral Extraordinária da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) teve confusão e protesto de servidores contra taxas, aumento e mudança prevista no estatuto da entidade. O evento marcado pela própria Cassems pedia a presença de “todos os servidores”, conforme comunicado, e teve atraso de duas horas para começar.
Há pelo menos 2 mil pessoas no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, acompanhando a assembleia. Enquanto as pessoas chegavam, a energia acabou e o espaço ficou sem ar-condicionado e iluminação. Com a lotação, que chegava ao saguão, algumas pessoas passaram mal devido o calor.
Quando a energia elétrica voltou, houve muita gritaria enquanto o presidente da Cassems, Ricardo Ayache tentava subir ao palco para iniciar o evento. Ao falar, ele pedia calma e organização.
Pouco antes, a coronel Neide Centurião, responsável pela segurança do evento, já havia solicitado que os servidores se organizassem e se acalmassem. Disse também que o Corpo de Bombeiros foi acionado para acompanhar a reunião.
Educador sócio-educativo em Unei (Unidade Educacional de Internação), Valdinei Figueiredo foi um dos organizadores da manifestação. “As assemableias geralmente são realizadas com poucos servidores votando, mas agora eles querem incluir taxas a mais e modificar o estatuto”, comentou.
São duas taxas: R$ 35,00 por titular e mais R$ 70,00 por dependente. Sobre a mudança no estatuto, Figueiredo acredita que tenha relação com a criação do Banco Cassems, “que não vai trazer nenhum benefício pro servidor”, comentou o educador.
O policial militar Jamilson Ferreira também estava na assembleia e disse que “se aprovarem mais essas taxas, eu não sei quanto vai sobrar do meu salário, porque só hoje são 40% que vai só para pagar a Cassems. São R$ 2.700,00 do meu salário”, afirmou, reforçando que “estamos aqui pra que não aconteça mais reajustes”.
Pouco após às 16h20 a assembleia começou, com a fala de Ayache a apresentação de dados e números. “Eu não me importo com esse tipo de manifestação, mas o que me tranquiliza é que a Cassems salvou a vida de muitos servidores”, sustentou, falando sobre o período de trabalho na pandemia.
A Assembleia Geral Extraordinária ainda está ocorrendo e a votação ocorre ainda hoje. A Cassems informou que emitirá uma nota quando a assembleia acabar.
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