A guerra do futuro será por satélites e não por armas
Revólveres, fuzis e metralhadoras são brinquedos para adultos que não saíram da infância. Aviões, tanques e navios caminham para a obsolescência. A batalha do futuro será travada por satélites. E nessa área, o Brasil está usando fraldas.
A riqueza dos satélites e seus donos.
Morgan Stanley diz que os satélites de comunicação geram para seus donos, algo como US$ 70 bilhões por ano. Os de observação, cerca de US$ 10 bilhões. São números tão grandiosos que não entram em nossas cabeças. Além de russos, chineses e hindus, seus donos ocidentais têm nome: Elon Musk, é o maior. Kuipers da Amazon corre logo atrás. Além dos dois gigantes, há Telesat Lightspeed, AST Space, One Web e IRIS2. É um pequeno clube que dirige tudo que ocorre no mundo. E estão em uma catastrófica guerra. Por enquanto, só econômica. Os observadores temem que descambem para a guerra que mata gente. É chamada de camada do Velho Oeste, uma região sem regra e sem lei. Cheia de piratas, dispostos a tudo.
Os campos de batalha celestiais.
O espaço atual nada tem a ver com aquele conquistado pelo programa Apollo. Ele tem camadas superpostas. A primeira é chamada de "órbita terrestre baixa", se situa entre 500 e 1.000 quilômetros da Terra. Ali ocorre a grande disputa econômica. Também existem as órbitas médias que vão de 2.000 a 36.000 quilômetros da Terra. A partir daí, a camada é chamada de geoestacionária. Ninguém prevê uma guerra nessa camada, é excessivamente cara.
Os sofás voadores.
Elon Musk, o maioral dessa batalha, encontrou a fórmula de lançar foguetes pesados reutilizáveis. Partem da Terra, saem da órbita e voltam de forma segura. Também fábrica os menores satélites - e mais eficientes - até o momento. Tem o tamanho e forma de um sofá e são assim chamados - "sofás voadores". Pesam tão somente 260 quilos. Nessa camada em guerra, avaliam que existam 2.600 satélites, Elon Musk é dono de 1.300. Mas ele não aceita concorrência. Seu projeto é de chegar a 42.000 satélites só nessa primeira camada. E ele está dando ordens nos governantes do mundo. Se ele mandar parar a guerra entre Ucrânia e Rússia, acaba em menos de um minuto.