A história do presépio, a tradição mais cativante do Natal
As primeiras representações do presépio devem ser buscadas nas catacumbas da época romana. E, mais concretamente, em um afresco do século II depois de Cristo encontrado no subsolo da Capela Grega. A cena mostra a figura da Virgem Maria estreitando em seu peito o menino Jesus envolto em panos. Frente a eles, aparecem os três Magos do Oriente, vestindo túnicas curtas, sem manto, gorro ou coroa. O presépio tem, portanto, dois séculos de idade a mais que o dia 25 de dezembro, o dia de Natal, escolhido pelo imperador Constantino.
O "santo berço".
Entre os anos 432 e 440 d.C., o papa Sisto III disse que encontrou alguns fragmentos, em Jerusalém, do "santo berço" de Jesus. O papa dispôs esses pedacinhos em uma capela que recebeu o nome de "Santa Maria ad Praesepe" - Santa Maria e o Presépio. Ali começaram a celebrar representações que recriavam o nascimento de Cristo. Com o passar dos séculos, essa igreja passou a ser conhecida como "Basílica de Santa Maria Maior", uma das mais importantes de Roma.
Apesar do papa, todas as praças europeias tinham presépio.
A partir do século VIII, quase todas as praças europeias começaram a ter representações teatrais do nascimento de Jesus. Mesmo com a forte oposição do papa Inocêncio III, que considerava os presépios "sumamente vulgares", as representações venceram o embate. Pouco a pouco, foram incorporando mais e mais personagens, tornando-se, em alguns casos, um evento de multidões.