A OMS testará mundialmente três medicamentos contra a covid
A história do êxito das vacinas contra a covid tem seu reverso: o fracasso na busca de um fármaco que combata o vírus depois que ele tenha tomado o corpo humano. Nenhum conseguiu êxito. Agora a OMS acaba de anunciar um macro-ensaio mundial com três medicamentos existentes. Nenhum deles atacará o coronavírus diretamente. Os cientistas esperam que suavizem a resposta exagerada do sistema imune.
A pesquisa ocorrerá em 600 hospitais de 52 países.
Depois do fracasso no conjunto de pesquisas com milhares de medicamentos, denominada Solidariedade, a OMS volta a tentar com o Solidariedade Plus, injetará três medicamentos em 600 hospitais de 52 países. Não há notícia de que ocorrerão testes no Brasil. O país da cloroquina e ivermectina, devotado ao charlatanismo, dificilmente aceitará. Mas as pesquisas começaram em centros de saúde da Finlândia.
Artesunato da Índia.
Um dos três medicamentos será o artesunato da empresa da Índia IPCA. Até agora era indicado para o tratamento do paludismo. No ensaio será administrado via venosa durante sete dias a mesma dose que é usada para combater a malária. Os especialistas o recomendaram devido a suas excelentes capacidades anti-inflamatórias.
Imatinib da Novartis.
A multinacional suíça Novartis já está distribuindo nos hospitais que participam da pesquisa seu Imatinib. É uma molécula desenvolvida para a quimioterapia, inibe determinadas enzimas nas células cancerosas. Funciona bem na leucemia mieloide crônica. O tratamento será de 14 dias. Os primeiros ensaios indicam que esse medicamento consegue reverter os danos pulmonares provocados pela reação imunitária.
Infliximab da Johnson & Johnson.
Mais de 1.000 cientistas do mundo participaram na escolha dos três medicamentos. A Johnson & Johnson entrou na lista com o Infliximab, usado em patologias do sistema imune como a doença de Crohn e a artrite reumatoide. É um anticorpo mononucleal que interfere no processo inflamatório próprio dos transtornos auto-imunes.