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Em Pauta

A vida após o infarto. 1 vaga de reabilitação para 99 infartados

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/05/2023 08:20
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Só um em cada grupo de 99 infartados tem acesso a uma unidade de reabilitação cardíaca, que melhora a esperança de vida e lhes ajuda a mudar de hábitos. O cenário brasileiro é alarmante. A disponibilidade de reabilitação cardíaca no mundo é de uma vaga para cada grupo de onze infartados. O Brasil conta com nove vezes menos locais - hospitais e clínicas - de reabilitação.


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A metade dos infartados não chega viva no hospital.

Os estudos demonstram a seriedade dos problemas circulatórios e cardíacos no Brasil. Não basta dizer que esse é o mal que mata mais brasileiros, é preciso que eles saibam que dificilmente chegarão vivos a um hospital. E tem mais encrencas. Se chegar vivo a um hospital e receber um só stente, o futuro infartado tem de conhecer que essa é uma intervenção caríssima: a colocação de um stente custa por volta de R$ 16.000,00.


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Só existem 59 centros de recuperação cardíaca no Brasil.

Os dados sobre a disponibilidade de serviços de recuperação cardíaca identificaram a funcionamento de apenas 59 programas completos. A maioria deles - 71% - concentrados nos Sul e Sudeste do país. É a escassez demonstrada sem que os governantes tomem providências. Há outro número ainda mais perverso: apenas 2% dos infartados brasileiros conseguem entrar em um programa de recuperação.


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Reduzem a mortalidade cardiovascular em 35%.

Se chegar vivo a um hospital depois de um infarto é difícil, muito mais complicado é conseguir não ter outro ataque. A importância de um programa de reabilitação é demonstrada nos 35% de redução da mortalidade cardiovascular para quem consegue o milagre de entrar em um desses programas.


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Grupo multidisciplinar de reabilitação.

Não é fácil reunir um grupo multidisciplinar de reabilitação cardiovascular. Há necessidade de cardiologistas, reabilitadores, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros. Hipercolesterolemia, hipertensão, obesidade, diabetes e sedentarismo, são os principais fatores de risco para sofrer um infarto cardíaco. Isso não quer dizer que uma pessoa sã e ativa esteja fora de perigo. É interessante saber que há aqueles que têm colesterol nas alturas e obesidade, por exemplo, e dizem que a culpa do infarto que teve é da vacina contra a covid. Esses, dificilmente conseguirão mudar o estilo de vida exigido em um grupo de reabilitação. Os grupos mais eficientes de reabilitação funcionam como aqueles, que vemos no cinema, para combater o alcoolismo.

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