A volta do imposto sindical obrigatório é um tiro no pé
É incrível, mas ainda há pessoas que não acreditam em dinossauros. Não há necessidade de visitar nenhum museu ou escavação arqueológica, basta conhecer algum sindicalista. A notícia da volta do imposto sindical obrigatório, abolido em 2.017, que pretende ser três vezes mais caro que então, é um tiro no pé da esquerda.
Um nó na garganta do sindicalista Lula.
É verdade que em 2.017 a eliminação do imposto obrigatório de um dia de trabalho para os cofres dos sindicatos foi um nó na garganta do sindicalista Lula. E ele ressurge agora com o aval do atual presidente. O problema é que o Brasil e o mundo mudaram radicalmente nos últimos anos e toda volta ao passado pressupõe um perigo de regressão econômica e política. A surpresa dessa ressurreição cria apreensão. Os políticos originários da antiga esquerda trabalhista, dos velhos e fortes sindicatos, cabides de emprego para milhões, não entenderam e não digeriram o novo mundo.
Sem apoio de sindicatos e de governantes.
Já não é uma hipótese e sim uma realidade a crise de centenas de empregos consagrados do passado. Era o trabalho que constituía o coração dos sindicatos clássicos e que hoje estão em profunda transformação, enquanto surgem novas profissões sem definição própria e que carecem de apoios de sindicatos e de governantes. As novas profissões estão abandonadas à sua própria sorte. Não oferecem segurança e nem privilégio. Lula e sua turma pretende criar uma gigantesca fortuna para os privilegiados sindicalistas? São cracas no navio chamado Brasil, crustáceos que grudam e corroem o casco sem parar.
