Adeus calvície, vem aí a vacina de RNA e o pacote de tecido
Aos 30 anos de idade, um em cada quatro homens começa a perder cabelo. Aos 50 anos, cerca da metade dos homens se encontra nessa situação. Dez anos depois, afeta dois de cada três. É a alopécia androgênica, responsável por 95% dos casos de calvície. Com percentual bem menor, vem a alopécia psicológica, causada por ansiedade e depressão. As pesquisas vem demonstrando que ser calvo é uma desvantagem social na hora de procurar emprego ou sair com uma pessoa. uma característica ocidental. No Oriente, ser calvo é associado com inteligência e sabedoria.
Transplantes, um negócio de quase 9 bilhões de euros.
Só em 2021 foram realizados nada menos de 3,4 milhões de transplantes capilares. O mercado mundial dessa operação foi de 8,7 bilhões de euros. O triplo do que foi investido naquele ano para erradicar a malária no mundo. O negócio da medicina estética cresce à velocidade da luz.
Um pacote de tecido.
O transplante não faz com que cresça cabelo novo, só o muda de lugar, em geral, sai das laterais para o alto da cabeça. Esta fronteira, todavia, está perto de ser ultrapassada. Quem é totalmente calvo poderá ter cabelo novamente. Quem garante é nada menos que a Universidade de Harvard. Há uma década estão testando um pacote de tecidos, obtido de células-tronco, que promovem o crescimento de folículos pilosos. As portas estão abertas para cultivar cabeleiras sintéticas.
Vacina de RNA.
Já a Universidade da Califórnia vem apostando em outra vertente muito atual: vacina de RNA. Estão concluindo experimentos com a proteína Scube3, que fomenta o crescimento capilar. As entrevistas mostram que estão otimistas com os resultados obtidos até o momento. Quem se interessar, está na revista científica "New Scientist". É interessante saber que em verdade, ninguém é careca. Os cabelos não desaparecem da cabeça, eles se atrofiam, ficando cada vez mais finos e curtos, até se tornarem miniaturas.