Após 113 anos, inventaram a cura para a anemia falciforme

A anemia falciforme é a enfermidade genética mais frequente no mundo. A cada ano nascem 300.000 bebês com essa doença provocada por uma mutação que faz que os glóbulos vermelhos não sejam redondos, e sim em forma de meia lua. Agem como se fossem facas nos vasos sanguíneos e provocam uma dor paralisante em todo o corpo e um alto risco de morrer de infarto cerebral. No Brasil, há pelo menos 60 mil pessoas com essa doença, quase todos de origem africana.

A tesoura CRISPR cura a anemia falciforme.

Há uma nova terapia capaz de curar essa grave doença, está baseada está baseada na edição genética com CRISPR. Essa revolucionária tecnologia permite corrigir erros no livro de instruções de 3 bilhões de letras de DNA que compõe o genoma de um ser humano. O novo tratamento consiste em extrair células-tronco do próprio paciente, retirando-as da medula óssea e voltando a injetá-las depois da mudança genética. Assim, essas células em forma de meias-luas voltam a unir seus extremos e se tornam arredondadas.

Tratamento caríssimo.

Não será fácil para os 60 mil brasileiros verem suas dores eliminadas. Esse tratamento está entre os mais caros do mundo. Seu preço ronda U$ 3 milhões e ainda somar a essa montanha de dinheiro os custos de vários meses de despesas hospitalares, quimioterapias e transfusões. A grande esperança está na Índia, um país onde reduziram drasticamente o custo de terapia muito caras como essa, inventada nos EUA.