Ar-condicionado, um clássico das descobertas por acaso
O primeiro "aparelho para tratamento de ar" foi sonhado por um jovem engenheiro norte-americano, chamado Willis Carrier, em 1.902. A história da invenção de Carrier é um clássico nos anais das descobertas por acaso. Engenheiro de 25 anos, Carrier foi contratado por uma gráfica do Brooklin para elaborar um esquema que os ajudasse a manter a tinta sem manchas nos meses úmidos do verão.
Bom observador.
A invenção de Carrier não só removeu a umidade da sala onde ficava a impressora, como também refrigerou o ar. Ele notou que, de repente, todos os funcionários queriam almoçar nessa sala, é assim começou a projetar engenhocas que seriam construídas para regular a temperatura e a umidade de ambientes internos.
Continua sendo uma das maiores do mundo.
Em alguns anos, Carrier havia formado uma empresa - ainda hoje um dos maiores fabricantes de ar-condicionado do mundo - que se concentrou nos usos industriais da tecnologia. Mas ele estava convencido de que o ar-condicionado não deveria estar apenas nas fábricas, deveria ir para as residências.
O Iglu do Amanhã e as coelhinhas da neve.
Carrier ofereceu um vislumbre do que seria um ar-condicionado para residências em uma apresentação tida como bizarra. Na Feira Mundial de 1.939, mostrou algo parecido com os atuais aparelhos em um "Iglu do Amanhã", uma bizarra estrutura que parecia com um sorvete de baunilha de cinco andares. Embaixo do Iglu, ficavam cinco "coelhinhas da neve". Ao contrário de promover o invento, pegou muito mal. Mas não seria a burrice marqueteira de Carrier que impediria o ar-condicionado de decolar. A Segunda Guerra adiou o lançamento de várias novas tecnologias, inclusive a de Carrier. Somente em 1.940, depois de quase cinquenta anos de experiências, o ar-condicionado finalmente chegou às fachadas das casas.
Uma explosão de vendas.
Apos cinco anos, os infete americanos já instalavam mais de um milhão de aparelhos de ar-condicionado por ano em suas residências. Hoje, existem em torno de 2 bilhões de aparelhos distribuídos pelo planeta. Em alguns anos, chegarão a 4 bilhões, devido o aquecimento global. Apenas no Brasil, a estimativa é que existam 28 milhões deles instalados é uma tendência de crescimento anual em torno de 10%.