As baterias dos carros reagem mal no frio?
Não é coincidência, as baterias pifam nos dias mais frios por dois motivos. Em primeiro lugar, onde o frio é mais intenso, é mais difícil funcionar o motor de manhã pela dificuldade do combustível de vaporizar e ser queimado dentro do cilindro e porque o óleo lubrificante está mais grosso, mais viscoso, por causa do frio e, assim, o motor têm de fazer um esforço maior para se movimentar. Isso tudo, requer mais da bateria. Mas, "além do tombo, o coice". A bateria produz energia elétrica à partir de uma reação química no seu interior, e o problema é que quanto mais baixa a temperatura, mais difícil de se realizar essa reação química. Então, a bateria que já estava "mais pra lá, do que pra cá", em um dia quente vai funcionar; em um dia frio, vai arriar.
Andar muito, faz mal para o motor do carro?
Desde que faça as revisões exigidas, a resposta é um sonoro "não". Pelo contrário, o que faz mal para o motor de um veículo é rodar pouco. É o que ocorre com a imensa maioria dos carros que levam seu motorista ao trabalho no início da manhã, rodando poucos quilômetros, e os traz de volta para casa no final da tarde. Não é a toa que carros de taxistas rodam mais de 200.000 quilômetros sem uma só avaria. Pior mesmo, só os carros que ficam semanas ou meses sem funcionar. Esses estão à procura de um rápido atestado de óbito.
Trocar óleo do carro com poucos quilômetros rodados é "empurroterapia"?
A cena é comum: o carro só rodou 2.000 quilômetros em 6 meses ou pouco mais e temos de trocá-lo. As concessionárias exigem. Assumem uma posição ditatorial pois nada explicam, apenas mandam em nossos carros. Revolta. Raiva. Mas, a má noticia é que elas, apesar da normal truculência, estão certas. O óleo do motor funciona como se fosse um medicamento, não importa se você usou ou não, se passar do prazo de validade, têm de, obrigatoriamente, jogar fora. Os óleos dos automóveis têm aditivos que só funcionam em determinado prazo, fora dele, não servem para nada. Para piorar, os filtros do carro também têm de ser trocados. Não é "empurroterapia".