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Em Pauta

As despesas acabam com o dinheiro de 16% da população brasileira

Mário Sérgio Lorenzetto | 03/10/2015 07:03
As despesas acabam com o dinheiro de 16% da população brasileira

Adiós supérfluos. O dinheiro acaba com as despesas essenciais para 16% da população.

Não sobram recursos. Foi essa a única resposta que cresceu na última sondagem da consultoria Nielsen sobre como o brasileiro pretende usar os recursos que sobram depois de cobertas as despesas essenciais. A opção foi apontada por 16% dos entrevistados, um avanço expressivo em relação aos 10% de três meses atrás. A maior queda foi a de gastar com entretenimento fora do lar. Antes estava em 43% e agora ficou com 37% das intenções dos entrevistados. A ideia de comprar roupa nova vem a seguir, caiu de 32% para 29%. Produtos com novas tecnologias como celulares teve queda de 27% para 23%. As viagens e férias completam o escalonamento superior de queda - foi de 26% para 21%. Adiós supérfluos.

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Os perigos de Campo Grande

As despesas acabam com o dinheiro de 16% da população brasileira
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Há escassez de talentos em Campo Grande?

Nas empresas ou na política, o talento está em falta em Campo Grande? No mundo todo, a guerra por talentos será sangrenta. Dificilmente será diferente em nossa Capital. Temos um estoque de talentos particularmente limitado. Nossos trabalhadores médios e políticos apresentam uma produtividade muito baixa. Também há uma clara distorção: existe uma abundância de advogados, porém há uma grave escassez de líderes técnicos qualificados. A China e a Índia, por exemplo, formam dez vezes mais engenheiros e médicos a cada ano do que nós. Há um fato cabalmente demonstrável - a "premiação" dos técnicos, em dinheiro e status, ainda não encontrou amparo em nossa sociedade conservadora. Por outro lado, a questão essencial não está na profissão e sim na formação. Sem ela não ocorrerá avanço, permaneceremos na pasmaceira atual.

Duas fêmeas de macaco dão pedrinhas a um pesquisador em troca de pedacinhos de pepino. Quando o pesquisador entrega a uma delas uma uva, a outra macaca, que continua recebendo pepino, fica furiosa. Esse é um experimento real. Foi conduzido pelo primatologista Frans de Waal. Macacos que entregam a mesma pedrinha devem receber prêmio igual. Até os macacos sabem a diferença entre uma recompensa justa e uma injusta. Não devemos recompensar funcionários obsoletos e letárgicos com as uvas dos bons salários. Também não devemos premiar políticos medíocres com os pepinos da cadeira da Prefeitura. Ou continuaremos a receber pepinos como recompensa.

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Em meio à crise, a saúde vai bem, obrigado.

Os negócios com saúde cresceram 2,7% no país nos 12 últimos meses. Medicina, biotecnologia e farmácia, continuam com altos níveis de investimento. No varejo, enquanto as lojas de eletrodomésticos fecham unidades e postos de trabalho, as farmácias continuam sendo abertas. Em serviços, enquanto os hotéis amargam taxas de ocupação baixas, os hospitais e laboratórios continuam cheios. Executivos com experiência na área tem recolocação rápida - demora média de três meses (nove meses para a grande maioria dos demais setores). Não há lucros como os do passado próximo, mas a saúde vai bem, obrigado.

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