Brasil passou ao posto de 2º maior consumidor de cocaína
O Equador parecia um país tranquilo e com paz interna. O narcotráfico não parecia causar os estragos como no Brasil, EUA, Colômbia, Peru e México. Nem mesmo participava dos foros internacionais de combate às drogas, era um tema marginal, secundário. Hoje, depois de mais de trinta anos de "guerra contra as drogas" , esse país andino se transformou em um dos principais centros de transporte de cocaína. A vida e o sangue de um candidato à presidência, que combatia esses criminosos, revelou ao mundo a importância do Equador no narcotráfico.
Produção e consumo de cocaína dispararam no mundo.
O fato incontestável é que com tanto sangue derramado, atualmente se produz e consome mais cocaína no mundo do que nunca na longa história já percorrida dessa guerra perdida. Pode parecer inacreditável, mas a demanda de cocaína saltou de 10 milhões para mais de 21 milhões de usuários na última década. Em momento algum, o consumo de cocaína foi afetado pelas drogas sintéticas, especialmente dos derivados opioides.
Brasil no segundo lugar.
Esse salto no consumo de cocaína também revela uma gravíssima derrota: o Brasil passou ao posto de segundo maior consumidor do "pó", abaixo apenas dos Estados Unidos. Ao contrário do que dizem, o mercado brasileiro de cocaína se tornou altamente concorrido por ter elevadíssima quantidade de consumidores. Deixamos de ser apenas um posto de transbordo da coca para os EUA e Europa. É parte essencial - e evidente - do atual processo de decomposição de nossos governos e o fortalecimento e ampliação do crime organizado. Mas, o que fazer? Mais do mesmo em uma voragem ascendente e expansiva de violência e sangue? O narcotráfico chegou a níveis nunca antes visto. Há necessidade de uma nova estratégia.