Campo Grande em 1910 tinha 3.600 hectares e calor de 29ºC
José Antônio Pereira registrou, em 1.894, em Nioaque, uma légua quadrada (4.356 hectares) para o Arraial de Santo Antônio de Campo Grande, nome original desta capital, conta a história. Passados 16 anos, nenhum registro e nem títulos de terras foram encontrados, Os documentos estavam desaparecidos. Assim, o governador (era chamado de Presidente do Estado) de sua própria vontade determinou que Campo Grande perderia 756 hectares, passando a ter 3.600 hectares. Depois de muitos acréscimos e reduções, atualmente Campo Grande conta com 809 mil hectares, uma gigantesca diferença.
A luta entre moradores do Prosa contra os do Segredo.
Estribo e Bandeira, esta última pertencente ao posseiro Amando de Oliveira, eram as duas fazendas que constituíam um dos limites da cidade. O argumento para essa decisão era de que deveriam "evitar que ficasse uma faixa estreita de terras devolutas e inaproveitadas, entre elas". A segunda demarcação desses limites impunha que a cidade estaria localizada entre os córregos Prosa e Segredo. Em 1.910, dizia-se que esses "dois pequenos córregos receberam as denominações pitorescas... originárias das lutas que se travou em tempos passados entre moradores das margens de um e de outro". Aparentemente, essa pugna não era devido à posse de terras e sim aos regos de água que abriam para as casas e chácaras. Campo Grande foi concebida entre "boas" terras, aquelas que tinham água, e terras "ruins", que não tinham.
Calorzão de 29 graus Celsius.
Campo Grande nesses idos, gozava de uma temperatura muito amena. O termômetro não acusava grandes subidas no verão e nem maiores descidas no inverno. A temperatura mínima média naquela época atingia 4 graus Celsius e ocorria no mês de maio. A máxima, chegava a 29 graus no mês de dezembro. Para a amenizar aquele "calorzão", seus menos de nove mil habitantes, contavam com uma brisa que soprava diariamente do leste.
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