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Em Pauta

Capitalismo de pets. As altas vendas do buldogue francês

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/05/2023 08:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Em junho de 2020, um avião da Ucrânia aterrizou em Toronto, no Canadá. Parecia um voo normal mas em seu interior acontecia uma cena dantesca. Mais de 500 buldogues franceses choravam em suas jaulas. Muitos estavam desidratados, débeis, quase à morte. Nada menos de 38 estavam mortos. A notícia correu o mundo. Colocou em evidência a venda desses simpáticos cãezinhos. Eles são o "top dog", os animaizinhos mais vendidos no mundo. E são caros. Custam entre R$ 3.500 a R$ 7.000.


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Sérios problemas respiratórios.

Os buldogues franceses são brincalhões e irresistíveis. Cresceram em popularidade devido à sua versatilidade. Seus vendedores adotam o discurso de que eles não precisam de muitos exercícios ao ar livre, podem facilmente viver em apartamentos. Não explicam que isso se deve a seus graves problemas de respiração devido a seus focinhos muito chatos. É difícil levá-los para passear sem que se esgotem facilmente. Também são intolerantes a temperaturas superiores a 30 graus Celsius.


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Expectativa de vida de somente 4,5 anos.

Segundo um estudo do Royal College do Reino Unido, realizado com 30.000 cãezinhos, os buldogues franceses são a raça com menor longevidade entre as 18 analisadas. A expectativa de vida é de tão somente 4,5 anos. É seguido pelo buldogue inglês, com 7,4 anos. Essas cifras contrastam com a maioria das outras raças que tem expectativa de 14 a 15 anos.


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Capitalismo de cãezinhos.

Antes, os cães eram criados de acordo com sua finalidade. Haviam cães de caça, pastores ou de companhia. Cães grandes, médios ou pequenos. Se falava de tipos ou variantes, não de raças. Sua descrição era mais vaga. Tudo com o início das exposições caninas, em meados do século XIX. Inventaram o cão moderno, de acordo com a raça e o sangue. Os cães se converteram em uma forma de expressarmos nossa identidade. Podemos mostrá-la através da moda, de nossas ideias políticas, de nosso time de futebol.....E, cada vez mais, através dos cãezinhos. É o denominado capitalismo de cãezinhos. A estética comanda. A ética foi para o espaço.

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