Convicto do espiritismo tentou provar que voltaria
Mário Sérgio Lorenzetto | 18/07/2023 08:10
Leipzig, Alemanha, 1.771. Um punhado de jovens agitados e aventureiros reunidos em uma sala. Naquela noite assistirão a um novo espetáculo muito discutido pela classe média urbana europeia. Depois de alguns minutos de espera, uma figura encapuzada surge do salão escuro e os manda entrar. O show está para começar.
Um espírito na sala.
Máscaras da morte forram as paredes. Um altar recoberto de tecido negro se ergue diante deles. O cheiro de enxofre permeia o espaço, iluminado apenas por algumas velas bruxuleantes. O anfitrião está no meio de um círculo no centro da sala e começa a ler antigos encantamentos conjurando o mundo espiritual. De repente, uma explosão irrompe no recinto e as chamas da velas são extintas. Na escuridão aparece um espírito, pairando sobre o altar escuro. E fala.
Máscaras da morte forram as paredes. Um altar recoberto de tecido negro se ergue diante deles. O cheiro de enxofre permeia o espaço, iluminado apenas por algumas velas bruxuleantes. O anfitrião está no meio de um círculo no centro da sala e começa a ler antigos encantamentos conjurando o mundo espiritual. De repente, uma explosão irrompe no recinto e as chamas da velas são extintas. Na escuridão aparece um espírito, pairando sobre o altar escuro. E fala.
O macabro espetáculo foi criado por um alemão famoso.
Este macabro espetáculo foi criação de um jovem alemão chamado Johann Georg Schröpfer, um artista de palco que se tornaria um dos homens mais famosos de toda a Europa. Vivia no difuso terreno entre a ciência e o ocultismo. Era versado na nova tecnologia de projeções da lanterna mágica e especulava em química. Mas também era fascinado por sessões espíritas.
Este macabro espetáculo foi criação de um jovem alemão chamado Johann Georg Schröpfer, um artista de palco que se tornaria um dos homens mais famosos de toda a Europa. Vivia no difuso terreno entre a ciência e o ocultismo. Era versado na nova tecnologia de projeções da lanterna mágica e especulava em química. Mas também era fascinado por sessões espíritas.
O criador de fantasmas.
Em 1.769, Schröpfer comprou uma cafeteria e a transformou em um teatro de terror imersivo e multimídia. Em pouco tempo, estava conduzindo sessões espíritas usando lanternas mágicas para projetar espíritos e assustadores efeitos de som, antecipando os dispositivos de "sensurround" de Hollywood dos anos 1.950. Era chamado de "criador de fantasmas".
Em 1.769, Schröpfer comprou uma cafeteria e a transformou em um teatro de terror imersivo e multimídia. Em pouco tempo, estava conduzindo sessões espíritas usando lanternas mágicas para projetar espíritos e assustadores efeitos de som, antecipando os dispositivos de "sensurround" de Hollywood dos anos 1.950. Era chamado de "criador de fantasmas".
Um passeio sem volta.
Em 1.774, ele saiu para um passeio em um parque de Leipzig com alguns amigos. Havia prometido "uma coisa que vocês nunca viram". A certa altura do passeio, Schröpfer virou uma esquina e desapareceu da vista dos amigos, que pouco depois se assustaram com um estridente barulho. Quando encontraram o amigo, viram que estava sangrando no chão. Havia auto-infligido um tiro na cabeça. Schröpfer tinha prometido voltar à vida durante uma futura sessão espírita. Nenhum espírita jamais mostrou tanta fé no que acreditava. Mas deixou um legado: é considerado o predecessor dos filmes de terror de Hollywood.
Em 1.774, ele saiu para um passeio em um parque de Leipzig com alguns amigos. Havia prometido "uma coisa que vocês nunca viram". A certa altura do passeio, Schröpfer virou uma esquina e desapareceu da vista dos amigos, que pouco depois se assustaram com um estridente barulho. Quando encontraram o amigo, viram que estava sangrando no chão. Havia auto-infligido um tiro na cabeça. Schröpfer tinha prometido voltar à vida durante uma futura sessão espírita. Nenhum espírita jamais mostrou tanta fé no que acreditava. Mas deixou um legado: é considerado o predecessor dos filmes de terror de Hollywood.