Coreia do Sul, o exemplo que não estamos seguindo
"Isto vai ser duro, não vai ser fácil, mas tem horizonte", afirmou o ministro da saúde da Coreia do Sul quando só havia 50 casos de coronavírus detectados. As medidas surtiram tal efeito que já se vislumbra a derrota da epidemia naquele país asiático.
Medidas rápidas e decididas.
Não houve brincadeirinhas e nem levantaram dúvidas à respeito dos perigos do vírus na Coreia. A reação foi muito mais rápida e decidida. Quando somava meia centena de casos, o prefeito de Daegu, a cidade do primeiro foco, foi aos meios de comunicação e falou de uma "crise sem precedentes " e pediu a todos os cidadãos que ficassem em suas casas e que usassem máscaras a todo momento, inclusive dentro de suas residências. No Brasil, esse chamamento vem ocorrendo de acordo com a consciência de alguns governantes. Em nenhum momento se recomenda usar máscaras em pessoas sadias.
O mais alto alarme.
O aviso do prefeito ocorreu em 20 de fevereiro. No dia seguinte, já com uma centena de casos, o ministro da saúde qualificou a situação como "urgente" e dois dias depois deu o "mais alto alarme". E isso se traduziu em ações.
Exames em todos que entraram em contato com casos confirmados.
Ao contrário dos demais países, a Coreia não só realizou exames em quem tinha suspeição como em todos que tiveram contato com casos confirmados. "Ao invés de esperar que os pacientes viessem, fomos até eles e buscamos possíveis infectados sem sintomas para evitar que contagiassem a comunidade", explicou Park Neunghoo, o ministro da saúde coreano. O resultado, até agora, foi de 0,8% de letalidade, uma imensa diferença dos demais países.
Geolocalização dos doentes.
A outra medida tomada pelo governo coreano tem caráter tecnológico. Criaram um aplicativo para celulares que mostra onde estão residindo os casos confirmados de coronavírus, sem identificá-los, mas que servisse de aviso para as pessoas onde havia maiores focos.
Cidadãos que respeitam seus semelhantes.
O desrespeito tem sido a norma brasileira para o combate ao coronavírus. Atitude típica brasileira, vai da pessoa mais humilde ao presidente da República. Orgulho para os coreanos, as medidas tomadas pelos governantes, foram respeitadas desde o primeiro dia. A bagunça, marca distintiva do brasileiro, vem acompanhando o crescimento da doença que preocupa o mundo. Afinal, somos um país "amado por Deus", como cantava a musiquinha fajuta. E Ele que se preocupe em nos salvar.