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Em Pauta

Damien Chazelle vencerá o Oscar com La La Land

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/02/2017 09:10
Damien Chazelle vencerá o Oscar com La La Land

Não sabemos a quem Damien Chazelle agradecerá ao receber a estatueta famosa, mas não há como discordar da previsão feita pelo algoritmo criado pela BigML. Essa é uma companhia dedicada a desenvolver sistemas de aprendizagem artificial: máquinas que analisam grandes quantidades de dados, estudam tendências, comparam resultados e, especialmente, predizem resultados.
Se a BigML tem razão, a probabilidade de que as danças e canções de La La Land levem o premio são de 76%. O roteiro (chato) nostálgico e a inegável perícia do diretor Chazelle também serão recompensados com o Oscar de melhor diretor.
Para "ler o futuro", realizar sua predição, o algoritmo programado por BigML recolheu toda a informação disponível na internet. O diretor da empresa, Francisco Martín, é consciente das limitações que tem sua "maquina de ver o futuro" e que arriscar uma predição põe em jogo a credibilidade de sua eficácia. Apesar disso, tem confiança de que as máquinas, o big data, enfim, os algoritmos são não escreverão os discursos de agradecimento. Ressalte-se que já não existe um grande filme sequer que não recorra aos algoritmos para aprovar o roteiro.

Damien Chazelle vencerá o Oscar com La La Land

Premiado por pedir desculpa.

Um jovem, andando em uma bicicleta, dirigia-se para a escola. Bateu em um carro de luxo e danificou-lhe o espelho retrovisor. Correto, deixou um bilhete pedindo desculpa ao dono do carro. A recompensa foi uma bolsa de estudo.
A história chega da China, onde as questões de honra são levadas bem a sério. O jovem Chen Yifan não conseguiu evitar bater em um BMW estacionado no caminho da escola. Mas não abandonou o local sem assumir a responsabilidade. Deixou um bilhete: "Caro senhor, lamento o meu erro e também estou bastante triste por causa disto. Sou estudante e trabalho como estagiário. Deixei algum dinheiro para o senhor como compensação. Sei que não é suficiente, mas não tenho mais dinheiro. Estou sinceramente arrependido".
Inicialmente, o dono do carro jogou fora o bilhete. Depois, voltou atrás apanhou o papel e resolveu premiar o estudante. Pediu ajuda às autoridades para localizar o rapaz e agradecer-lhe. A mãe do jovem quis pagar o estrago, mas o dono do carro recusou. Em vez disso, passados alguns dias, enviou algo como R$5.000 para o jovem estudante, como uma bolsa de estudo.

Damien Chazelle vencerá o Oscar com La La Land

Fake News. Notícias falsas assolam a internet.

Um dicionário acaba de nomear a expressão "fake news" como a palavra do ano de 2016. Também o britânico da Oxford tinha eleito "post-truth", pós-verdade, dando destaque à recente tendência de difusão de informações falsas, como se fossem verdades.
O fenômeno vem ganhando destaque, especialmente nos períodos eleitorais, mas se tornaram comuns mesmo nas épocas sem eleições. Já não sabemos em quem acreditar. Tornou-se diabólico. Temos de desenvolver técnicas de identificação de notícias falsas. O Facebook e o Google foram diversas vezes acusados de terem um papel passivo frente à enchente de fake news. Ambos prometeram medidas para evitar o fenômeno.
Infelizmente, esse é um lado obscuro da internet. Mas, como nascem as fake news? Há uma realidade assustadora. Existem grupos de trabalho específicos para criar notícias falsas, com o intuito de influenciar a opinião pública em relação a diversos segmentos da nossa vida. Desde os partidos políticos, que os contratam a peso de ouro, a empresas desejosas de aumentar suas vendagens e, ao mesmo tempo, destruir os produtos dos concorrentes. Desde informações que descredibilizam as alterações climáticas a notícias que põem em xeque algumas vacinações, especialmente as voltadas para idosos. Essas pequenas organizações criminosas usam técnicas aprimoradas para lançar e difundir notícias falsas. Por norma, a informação está camuflada em um site que parece ser de um órgão de comunicação credível ou em um blog, pago normalmente com recursos públicos.
Alguns cuidados são fáceis de serem praticados. Primeiro que tudo, é preciso verificar se os tradicionais sites jornalísticos, os que conhecemos há anos, também estão vinculando a informação. Depois, se o conteúdo nos provocar algum tipo de reação emotiva mais forte, é sempre recomendável verificar se a notícia é mesmo verdadeira. O mais importante é ter olho crítico e questionar sempre a credibilidade e veracidade do que chega até nós.

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