Enquanto médicos sonegam informações, Google dá consultas precisas
O Google é preciso sobre informações médicas
"Sim. O Google é bastante preciso sobre informações médicas. Fizemos um estudo sobre o Google e descobrimos que as informações são em geral bastante precisas, quando você digita palavras médicas. Mais de 90% das informações que o Google dá nas primeiras três posições são muito precisas". Quem afirma é Marty Makary, cirurgião especializado em aparelho digestivo do Johns Hopkins Hospital, autor do best-seller "Sem prestar contas: o que os hospitais não vão contar a você e como a transparência pode revolucionar a assistência médica" (sem edição brasileira).
Nos bastidores dos hospitais mais modernos do EUA, segundo Makary, contam-se inúmeros episódios de cirurgias e procedimentos desnecessários que levam a complicações evitáveis, descuidos básicos que propagam infecções, arrogância que não admite uma segunda opinião sobre determinado procedimento e impede o trabalho em equipe. Um médico prescreve uma cirurgia cardíaca, enquanto outro receita, para o mesmo paciente, apenas uma aspirina
De acordo com Makary, estudo feito no ano passado com 2 mil médicos revelou que cerca de 33% dos procedimentos realizados são desnecessários. A mesma pesquisa também mostrou resposta a uma pergunta que vem sendo feita desde há muito e não tinha qualquer sinalização: os médicos são mais propensos a fazer algo desnecessário se lucrarem direta ou indiretamente com isso? Responderam "sim" 52% dos pacientes dos hospitais, 23% dos estudantes de medicina e incríveis 73% dos médicos pesquisados.
Essa situação começa a mudar com medidas como tornar pública a taxa de reinternação de todos os hospitais norte-americanos. Outra medida foi divulgar a relação de médicos norte-americanos e os desfechos do atendimento de seus pacientes. "É a revolução da transparência. Em vez de fazermos mais cirurgias, vamos fazer melhores cirurgias". Uma belíssima e contemporânea revolução que merece ser copiada pelo Brasil com urgência. O livro? Bem, o nome em inglês é "Unaccountable - What Hospitals Won´t Tell You and How Transparency Can Revolutionize Health Care", custa US$ 11,77 no site da Amazon.
JBS tem mais de R$1 bi de lucro e vai às compras
Com desempenho expressivo em praticamente todas as unidades de negócios, a JBS registrou o maior lucro trimestral de sua história de julho a setembro. No período, a gigante global de proteínas animais teve um lucro líquido de R$ 1,092 bilhão, quase cinco vezes superior ao do terceiro trimestre do ano passado. O desempenho da JBS ficou bem acima do que o mercado esperava. E correm informações que um de seus braços irá às compras, inclusive no Mato Grosso do Sul, em setor que não está ligado à agropecuária.
Procurando os turistas chineses
O turismo no Mato Grosso do Sul ainda é incipiente. Vivemos de Bonito, Pantanal e teremos o Aquário. A pergunta que ainda não foi feita pelo setor é: onde estão os turistas que podem vir ao nosso Estado?
De Paris a Nova York, de Madri a Toronto, a maior tendência no turismo é o crescimento explosivo de turistas chineses. Eles já superam em número os demais turistas e, mais importante, gastam mais. E esse fenômeno não está nem perto de atingir seu pico.
Cerca de 10% de todos os viajantes do mundo são chineses, que no ano passado fizeram 100 milhões de viagens para fora da China e isso porque apenas 5% dos residentes na China possuem passaporte. O “boom” do turismo chinês é o foco de todos que trabalham com turismo no mundo, menos no Mato Grosso do Sul.
Direcionar nosso marketing turístico para a China
Os gastos dos turistas chineses superaram os dos norte-americanos em 50%. Em 2015, os gastos dos chineses, fora do país com artigos de luxo, serão maiores que os gastos de todos os outros turistas do mundo somados.
Em Paris, o número de turistas chineses alvo de roubos e fraudes é tão grande que uma representação especial da polícia chinesa foi instalada na cidade. Países como Portugal e Espanha pensavam "somos destinos de praia". Os chineses não vão à praia, de modo que não se interessaram por eles. Não gostam de praia mas adoram observar peixes e esta é uma vantagem que poderemos apresentar. Chineses se interessam por cultura,
história e gastronomia. Sejamos criativos e culturalmente sensíveis, mas direcionemos nosso futuro marketing para a China.
Manoel de Barros e a inovação infantil
"Tenho um lastro da infância, tudo o que a gente é mais tarde vem da infância". O pensamento de Manoel de Barros dá a pista necessária para o desenvolvimento da inovação a partir da infância. Inovar é uma atitude que começa na infância, mas não é minimamente incentivada pela quase totalidade das escolas brasileiras. Elas adotam uma pedagogia ultrapassada.
As escolas do ensino fundamental nos Estados Unidos têm investido fortemente em disciplinas envolvendo novas ideias, inovação. No nosso país, as escolas são preocupadas com um imenso conteúdo curricular e as ideias das crianças que fogem do padrão não são valorizadas. As ideias inovadoras, como via de regra, não surgem repentinamente como um insight, e dependem em verdade de processos, metodologias e trabalho em equipe.
Seria plausível e "aplaudível" (digno de aplausos) levar às nossas escolas o trabalho de Manoel de Barros. Não apenas como arte, mas para ensinar o processo de criação e transformação que está contido em sua longa trajetória poética.
O cartão de crédito é filho do automóvel
Pode parecer estranho, mas é verdade: os primeiros cartões de crédito apareceram nos Estados Unidos, nos anos 1920. O carro, que Henry Ford popularizara no início do século, criava novos hábitos, como o de guiar em viagens de longa distância. Enfrentar estradas precárias fazia parte de uma aventura. Só havia um problema: os motoristas não gostavam de transportar grandes somas de dólares para as despesas de hospedagem e abastecimento. O cartão de crédito, criado por um morador do Brooklyn - John Biggins, populariza-se para atender a essa necessidade. Postos de combustíveis e hotéis são os pioneiros na exploração do negócio. Só em 1950, seria criado o primeiro cartão de crédito internacional, emitido pelo Diners Club (que surgiu como um grupo de magnatas dos EUA que pagavam o jantar usando cartões, daí o nome "Diners Club" - "Clube do Jantar").
“Vamos nos afogar em milho este ano”
Estas são palavras ouvidas nos Estados Unidos pronunciadas pelos agricultores antes do início da colheita, que começou em setembro. Resumia a opinião da maioria das pessoas que plantam, comercializam ou processam o milho. O clima úmido elevou as estimativas de uma gigantesca safra do grão. Preveem uma produção que superará 356 milhões de toneladas, maior que o recorde de 2013, embora boletim da USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) de 20 de outubro tenha divulgado que o ritmo da colheita ficou aquém das expectativas até aquele momento, mantendo a excelente avaliação climática.
A queda nos preços do milho pode beneficiar os consumidores ao reduzir a inflação no supermercado em produtos que contêm o grão. Para os agricultores brasileiros, a notícia é ruim, pois se os preços já estavam em queda, despencarão ainda mais. Talvez, a única esperança para os brasileiros plantadores resida nas compras chinesas. A China vem reduzindo paulatinamente as aquisições do milho norte-americano, embora tenha mantido elevada compra de soja em setembro. Os embarques para o país asiático no primeiro semestre deste ano caíram 86% e as necessidades deles poderão ser supridas pelos brasileiros.