Fogos da luxúria. A apaixonante história do sexo na Idade Media

Há alguns estereótipos que precisam ser corrigidos sobre o sexo no período medieval. O primeiro é sobre sexo oral. Era uma prática estranha para aqueles que viviam nessa época. Como não tinha fins reprodutivos, era considerado pecado e visto com maus olhos. O mesmo acontecia com o sexo anal. Por outro lado, praticavam muito a cópula interfemoral, aquela que colocavam o pênis entre as coxas; funcionava como método contraceptivo e lhes parecia menos pecaminoso.

Abstinência provoca morte?

O fator religioso era muito importante. Os padres punham ênfase na virgindade e na abstinência, a castidade. No lado oposto, os médicos eram favoráveis à prática do sexo. Havia pensamentos inimagináveis, muitos deles acreditavam que a abstinência sexual levava à morte. Como, no geral, gozavam de boa fama, essa ideia preocupava a igreja, devido à obrigação do celibato imposta pelo Vaticano.

Sexo antes do casamento.

Era muito comum ter relações sexuais antes do casamento. Todavia, era forte o pensamento de que o sexo não era feito para obter prazer. Só devia ser praticado para fazer filhos. O sexo era um fator social importante, por isso, devia ser regulamentado pela igreja e pelas autoridades seculares.

Masturbação e intimidade entre casais.

Não havia preocupação com o onanismo. Não é possível termos um conhecimento claro sobre a masturbação na Idade Media. O que é mais surpreendente é a falta de intimidade na cama. Era um luxo raríssimo. E é fácil de entender. Famílias inteiras viviam em um só quarto. Os casais compartilhavam a cama com os filhos. As casas eram muito mal feitas, tinham gretas, aberturas que possibilitavam os vizinhos enxergarem tudo que acontecia na casa a lado. A prova está nos tribunais. Quase todos os processos envolvendo sexualidade tem testemunhas de vizinhos.

Poções de bruxas com sangue menstrual.

Se a igreja tinha papel preponderante na sociedade medieval, as bruxas e feiticeiras eram elementos importantes na época. Era muito comum as mulheres se socorrerem dos "serviços" das bruxas para a conquista do homem desejado. A poção mais comum era feita com sangue menstrual. O outro "ensinamento" das feiticeiras que aparece com frequência era beijar o amado com uma hóstia na boca. Se isso lhe parece estranho, também ensinavam as mulheres a matar um peixe na vagina para dar de comer ao homem que pretendiam conquistar.