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Em Pauta

Gente quase perfeita. "Hygge", o segredo da felicidade na Dinamarca

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/03/2017 08:53
Gente quase perfeita. "Hygge", o segredo da felicidade na Dinamarca

Têm bons salários, saúde e educação pública, baixo nível de corrupção, igualdade entre homens e mulheres. Mas também têm noites que não acabam e poucas horas de sol. Nem por isso são menos felizes. Pelo contrário, ano após ano, acabam sendo considerados os mais felizes em todo o planeta. Agora, o mundo está de olho neles (menos o Brasil), procurando a chave para essa felicidade toda. Parece que está na palavra "Hygge" (soa a "huga"). Podemos traduzi-la como uma espécie de "aconchego", mas é muito mais que isso. Dizem que é uma filosofia de bem viver - e isso é o que o mundo inteiro está querendo copiar.
Mas, afinal, o que é "Hygge"? Os exemplos são simples: beber um saboroso chá com amigos, mas pode ser uma reunião de família e amigos, um jantar à luz de velas ou tempo para ler um bom livro. Em comum, os dinamarqueses, e escandinavos em geral, são um povo pouco dado a privações.

Gente quase perfeita. "Hygge", o segredo da felicidade na Dinamarca

O Hygge está relacionado aos sentidos.

Os teóricos do assunto dizem que o Hygge é algo para ser sentido. Comecemos pelo paladar. O sabor a Hygge é doce, reconfortante e familiar. Se quiser preparar um bule de chá mais Hygge, basta juntar um pouco de mel. Se desejar um bolo mais Hygge, acrescente cobertura. Se quiser um guisado mais Hygge, coloque um pouco de vinho.
Segue-se a audição. O crepitar da lenha sendo queimada em uma fogueira ou lareira, é um dos sons mais Hygge que podemos encontrar. Mas, na verdade, o mundo Hygge tem mais a ver com a ausência do som. Aquele silêncio que nos permite ouvir os pingos da chuva ou o vento soprando calmamente lá fora. O som de alguém cozinhando ou a tricotar, servem ao mesmo propósito.
Em seguida, vem o olfato. Já cheirou algo que o faça recordar de um tempo e lugar onde se sentiu seguro? Que o relembre o mundo quando era criança? O aroma Hygge é esse: é o que nos deixa descansados, em que nos sentíamos completamente seguros.
Vamos então ao tato. Imagine-se deixando seus dedos percorrendo uma superfície de madeira, ou uma peça de cerâmica quente. Tudo que é artesanal e caseiro, que demorou tempo para criar. Sempre mais que peças novas. No fundo é qualquer coisa feita pela mão humana: um objeto de madeira, cerâmica, lã, pele, couro...
E, finalmente, podemos também "ver" o Hygge. Depende muito da luz, mas, atenção, luz a mais não é Hygge. Uma luz tênue, rústica, em lento movimento.
Hygge, em verdade, é a arte de criar uma atmosfera simpática, seja onde for. Envolve, companhia, silêncio, passar uma tarde preguiçosa aproveitando o bom tempo (só sem for sem sentimento de culpa). Resume-se a fazer o bem a nós e aos outros, sem cobranças. O mundo moderno exige-nos demasiado, que sejamos saudáveis e produtivos, e essa pressão muitas vezes só nos faz mal, porque não nos deixa ter prazer pelo prazer.

Gente quase perfeita. "Hygge", o segredo da felicidade na Dinamarca

Cientistas descobrem uma nova razão para deixarmos de ir à academia.

Preguiça? As desculpas que inventamos para faltar, ou abandonar de vez, os exercícios físicos são as mais variadas. Todavia, os cientistas resolveram esse problema. A partir de agora não há necessidade das desculpas. Basta informar sobre a pesquisa que acaba de ser publicada na revista científica "Cell Metabolism". Os pesquisadores do Instituto Americano de Diabetes e Enfermidades Digestivas, afirmam que alguns indivíduos com poucos quilos a mais apresentam alterações em um dos receptores da dopamina, dificultando sua capacidade para o movimento intenso. O mundo dos que tem poucos quilos a mais e dos obesos não será o mesmo depois dessa pesquisa. Felicidade geral e muitos quilos a mais os aguardam.

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