Ibuprofeno e outros remédios que explodem corações
Uma recente pesquisa, publicada na revista "European Heart Journal" concluiu que aumenta em 31% o risco de parada cardíaca para aqueles que consomem o anti-inflamatório popular ibuprofeno. Também mostrou que outros anti-inflamatórios do tipo "não esteroides" aumentam ainda mais o risco de uma parada cardíaca.
As pesquisas foram realização no Hospital Gentofte, em Copenhague. Segundo seus autores, o "naproxeno" é o anti-inflamatório mais seguro, podendo ser consumida até 500 miligramas por dia.
O diclofenaco é o campeão do perigo, ganha do ibuprofeno. Os cientistas alertam para o risco que existe para os consumidores o livre comércio dos anti-inflamatórios. Como não exigem prescrição médica, passam a mensagem de que são seguros.
Em verdade, alguns, são bombas que estouram corações. Os autores propõem que os efeitos ocorrem pela agregação de plaquetas que provocam coágulos, fazem que as artérias se estreitem, incrementam a retenção de líquidos e assim, sobe a pressão sanguínea.
Os cientistas estão tentando convencer a todos os governantes e aos médicos, que deveriam, pelo menos, ocorrer uma proibição do uso de alguns anti-inflamatórios para quem sofre de problemas circulatórios ou cardíaco.
As novas estratégias de combate ao câncer chegaram ao Brasil.
O câncer é uma família de doenças genéticas. Sob esse nome, não há apenas uma doença e sim mais de uma centena de tipos diferentes de tumores, cada com características únicas. O que eles têm em comum é o fato de suas células se reproduzirem desenfreadamente e a tendência de se alastrarem para outros tecidos e órgãos do corpo - é aí que se fala em metástase. Essa multiplicação descontrolada de células é desencadeada por mutações genéticas que vão se acumulando nas células sadias.
O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, constituiu uma equipe de cerca de vinte pesquisadores que trabalham com testes genéticos para combater esse mal. Extraem o DNA do tumor e o usam em um painel de genes para checar quais são as alterações que sofreram. Os pacientes de "melhor sorte" (não há boa sorte em ter um tumor) são aqueles que tem uma mutação em um gene chamado "EGFR". Esse gene controla um fator de crescimento das células e está envolvido em suas multiplicações. Se ele está constantemente ativado, a célula entende que tem de se dividir para sempre.
A "sorte" desse paciente é que hoje existem medicamentos que atuam especificamente nos mecanismos moleculares governados por esse gene. É o caso do "erlotinibe" , um fármaco que inibe o fator de crescimento controlado pelo EGFR. Esse é a mais conhecida, no Brasil, das denominadas "terapias-alvo", uma nova frente no combate ao câncer. Essas terapias agem de forma muito mais específica que a quimioterapia.
Os remédios quimioterápicos matam, indiscriminadamente, todas as células que estejam se reproduzindo, sejam tumorais ou saudáveis, e por isso acarretam efeitos colaterais devastadores. Por enquanto, as terapias-alvo têm um custo proibitivo no país e estão ao alcance de um número bem limitado de pacientes.
Uma mudança radical: comer bem em restaurante de hospital.
Existe comida pior que a de hospital? Comida ruim e de hospital tornaram-se sinônimos. Há três meses, esse conceito mundial está sendo derrotado. Criaram, em Barcelona, um restaurante que oferece refeições que estão fazendo um enorme sucesso.
Há filas e reservas para frequentá-lo. Seus proprietários entendem que o restaurante hospitalar deveria ser a embaixada do hospital, oferecer a arte das boas relações para funcionários e pacientes desse lugar onde só há alegria no espaço destinado ao nascimento de crianças.
Até agora os restaurantes e cafeterias de hospital se escondiam atrás do "necessariamente saudável" - com um mínimo de gordura, sal e açúcar. Todavia, esse conceito está presente em quase todos os restaurantes nas ruas de qualquer cidade. "Papila" é o nome do restaurante que oferece o que há de melhor em peixes, massas, tortas, doces e muito mais. Também oferece entrega de criativos e suculentos sanduíches vegetarianos nos apartamentos do hospital. Comida ruim é para quem não sabe fazer, já não é a do hospital.
Os impostos mais estranhos do mundo.
Imposto sobre a droga ilegal.
Se existisse um Oscar para os criadores de impostos, esse estaria desfilando no tapete vermelho de Hollywood. No Tennessee (EUA) as drogas ilegais eram taxadas. Difícil de acreditar, mesmo continuando na ilegalidade, cobravam imposto.
Os traficantes tinham de pagar o imposto anonimamente e recebiam um selo para comprovar o pagamento. Quando, finalmente, fossem presos, o não pagamento do imposto acrescentava uma outra acusação: a de sonegador de imposto. Foi declarado inconstitucional e eliminado em 2009.