Lula demarca 6 reservas indígenas e outras 70 aguardam
A burocracia estava pronta há anos. Aguardavam apenas a assinatura do presidente da República. A primeira reserva indígena que Lula acaba de assinar é a do povo Nadöb, no Rio Negro amazônico. Uma área de 5500 quilômetros quadrados, é a mais extensa das seis novas reservas criadas.
Espalhadas pelo território nacional, sem encrencas políticas.
Com essas seis, o Brasil passa a contar 427 reservas indígenas. Lula afirmou: "Vamos trabalhar duro para realizar o maior número possível de demarcação de terras indígenas". Já chegou a dizer que demarcará todas as reservas pendentes antes do término de seu mandato. Entre as novas reservas está a dos "avá-canoeiros", que são apenas nove pessoas, que passam a viver em uma área de 310 hectares, em Goiás. As outras são para os "Arara do Rio Amônia", no Acre, com 433 habitantes; "Kariri-Xocó", em Alagoas, com 2.300 pessoas; Rio dos Índios, no Rio Grande do Sul, com 143 moradores e "Tremembé da Barra do Mundaú", no Ceará , com 580 habitantes. Nenhuma tem qualquer ônus financeiro ou político para o governo.
Há outras 70 áreas, todas conflituosas.
Atualmente, existe mais de um milhão de indígenas ocupando algo como 12% do território nacional. E há mais de 70 processos, alguns do Mato Grosso do Sul, aguardando pelo posicionamento das autoridades de Brasília. Todas estão sob a a égide da espada de Damôcles de tomar dos fazendeiros pagando uma ninharia apenas pelas casas construídas. Nem um só centavo pelas terras. É uma ignomínia governamental. Pagam bem por terras destinadas à reforma agrária, não admitem pagar por terras para indígenas. Governo vai, governo vem, e a malandragem politiqueira continua correndo solta.