Milho, uma planta totalmente "fabricada", é um mistério
Se há 10 mil anos um extraterrestre faminto pousasse sua nave no planeta Terra provavelmente escolheria alguma parte da América Central ou do Sul para viver. Os povos que viviam nesse região fizeram coisas espantosas com os alimentos. Foram os maiores cultivadores da história. Mas de todas elas, nenhuma é tão duradoura, importante e inesperada como a criação do milho. Derrubemos uma lenda, o milho que comemos não é natural, foi "fabricado".
O milho é uma grama modificada geneticamente.
Se você observar formas primitivas de arroz, cevada ou trigo e compará-las com suas versões modernas, verá de imediato suas afinidades. Mas nenhuma planta silvestre se assemelha nem remotamente ao milho moderno. Geneticamente seu parente mais próximo é uma grama muito rala chamada "teosinto". Mas isso só da para perceber estudando profundamente genética.
A comparação do teosinto com o milho.
O milho cresce formando uma espiga pesada, uma só por caule, e seus grãos ficam encerrados sob a proteção de uma casca rígida. Em comparação, uma espiga de teosinto é diminuta, mede cerca de dois centímetros de comprimento. Além disso, os grãozinhos de teosinto não tem casca protetora e no mesmo caule crescem muitas espigas pequenas. É quase sem valor como alimento. Um único grão de milho é mais nutritivo do que toda uma espiga de teosinto.
Bofetadas e xingamentos para explicar a origem do milho.
Seria impossível adivinhar como algum povo poderia criar espigas de milho a partir de uma planta tão pequenina e nada promissora. Na esperança de resolver esse mistério, os melhores cientistas que estudam o milho se reuniram em Illinois, nos EUA. Os debates se tornaram tão agressivos, que a conferência acabou em confusão. Nenhum artigo foi publicado. Ninguém conseguiu elucidar a origem do milho.
A primeira planta totalmente "fabricada".
Seja qual for o método usado pelos povos da América Central e do Sul, o certo é que conseguiram criar a primeira planta totalmente "fabricada" que o mundo já viu. O milho é tão manipulado que agora depende dos humanos para sobreviver. Como os grãos de milho não se soltam espontaneamente da espiga, se não forem deliberadamente debulhados e plantados, o milho não se reproduzirá. Se o homem não cuidasse dele continuamente há milhares de anos, o milho estaria extinto.