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Em Pauta

Mosquitos da fé, amuletos e abracadabras. 1ᵒˢ hospitais

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/07/2023 06:30
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A ascensão da fé cristã foi gradual. Dois séculos após a crucificação de Jesus, os convertidos ao cristianismo ainda eram uma minoria perseguida e dispersa, considerada uma ameaça à alguns imperadores romanos. No entanto, o cristianismo se revelou de difícil eliminação, e seus discípulos foram despedaçados por cães, amarrados a estacas e queimados à noite, geralmente em grupos, para incrementar o espetáculo das chamas. Algumas vezes eram crucificados. Mas a perseguição não conteve a fé.


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Culpados pelas pragas.

O crescimento do cristianismo ocorreu na mesma época da Peste Antonina (provavelmente a mais mortal da história da humanidade) e da Praga de Cipriano. Também viu a ampliação seus discípulos durante a mais forte disseminação de mosquitos causadores de malária. O Império Romano estava sitiado por essas três pragas. Houve perseguição aos cristãos durante elas. A rejeição do panteão politeísta romano em favor do monoteísta Javé ou Jeová levou a culpa. Contudo, essas pragas brutais também atraíram uma multidão de novos convertidos ao cristianismo. Para eles, o cristianismo era uma religião "de cura".


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Tratamentos milagrosos.

Afinal, Jesus tinha feito coxo andar, cego enxergar, curado a lepra e resgatado Lázaro da morte. Acredita-se que esses poderes de cura fossem transferidos aos apóstolos e a alguns discípulos de fé profunda. Os mosquitos tinham destruído todas as certezas próprias do politeísmo romano.


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Amuletos e abracadabras.

Amuletos, abracadabras e oferendas a Febris - deusa que protegia das febres - sucumbiram a essa nova esperança proporcionada pelos rituais terapêuticos cristãos e por suas práticas filantrópicas. O cristianismo, ao contrário do paganismo, pregava o cuidado com os enfermos como uma obrigação religiosa legítima. Os que conseguiam recuperar a saúde sentiam gratidão e dedicação à fé. Isso serviu para fortalecer a igreja cristã em uma época em que o paganismo falhava. Foram eles que criaram os primeiros hospitais, uma instituição muito diferente da atual mais preocupada com o tilintar das moedas , mas que reforçou uma noção robusta de comunidade.

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