Na educação inteligente, programação é coisa de criança
Soja, carne, ferro, qual a mais importante "matéria-prima" de um país no século XXI? A resposta única é: o talento de seus habitantes. Em seu projeto de se tornar o primeiro país inteligente do mundo, Cingapura (junto com Israel, Romênia,Bélgica e Irlanda), passou a ensinar programação de computadores nas escolas. Para todas as séries. Por lá, crianças usam tablets, drones, cabos USB e toda a parafernália computacional. É uma diferença fundamental, há países que consomem tecnologia e aqueles que a produzem. A diferença entre um país que vive no século atual e o que ainda está entrando no século XX, no século passado.
Em Cingapura, o projeto denominado Playmaker, criado há dois anos, funciona em 160 escolas e atende 10 mil alunos entre três e seis anos. O primeiro passo é com brinquedos robotizados e programáveis. As crianças são bem educadas, todos os dias desinfetam as mãos, tiram os sapatos e medem a temperatura antes de entrar na sala de aula. A aula começa com as crianças brincando com uma abelha robotizada, a Beebot. Sabem de cor o mecanismo: precisam programar a abelhinha-robô para que chegue a um ponto determinado. Fazem a tarefa rindo e divertindo. Não importa que atinjam o objetivo. É a aula-brincadeira favorita.
Outras crianças brincam com o Kibo, um dispositivo que lê as instruções de cubos de madeira. Os cubos vão para a frente, dançam, giram...Em outra parte da sala, colegas criam circuitos com adesivos. O negativo vai com o positivo, e, se a ordem estiver correta, uma lâmpada acenderá. Eles aprendem que programar computadores é uma brincadeira, um jogo, e não um castigo. A tecnologia é fundamental para aprimorar a criatividade de cada criança, elas serão capazes de criar e desenvolver novas ideias. Constroem cidadãos educados e inteligentes, preparam as crianças para um país inteligente. As crianças de Cingapura levarão muito dinheiro das crianças brasileiras em um futuro não muito distante.
Uma montanha para expiar as mazelas.
Um chinês que se comportava como o Juruna, sempre com um gravador a tiracolo, tinha um sonho. O meio onde vivia era de profundo estranhamento e preconceito: chineses gays lavando pratos em pobres restaurantes de Buenos Aires. Para expiar as suas mazelas, e dos amigos, só via uma saída louca: ir a uma montanha na Patagônia argentina, supostamente o fim do mundo, ligar o gravador para que os choros e lamúrias de seus amigos voassem. A tristeza dessas almas atingidas pela língua diversa e opção sexual inaceitável, seriam levadas pelo vento do fim do mundo. Uma ideia muito louca. Mas a boa poesia é feita com o condimento da loucura do mundo.
"Happy together" é o triste filme que conta essa história. Uma história que poderia ser filmada em qualquer lugar do mundo. Talvez no Mato Grosso do Sul ou na boate de Orlando. Há intolerância, a violência é caudalosa, há conflito entre povos de língua e cultura diversas, há homens sendo perseguidos por gostarem de outros homens...Há a aldeia indígena de Carapó vista com raiva e desdém, ainda que travestida de restaurante chinês. A fronteira da violência entre povos diferentes, mas iguais, pode ser a de Ponta Porã e Pero Juan ou a da comunidade chinesa em Buenos Aires. Também pode ser a comunidade gay de latinos na Flórida. Talvez a saída para os conflitos estejam em uma montanha. Um lugar alto para se aproximar do céu, onde as mazelas possam ser ouvidas pelo vento. Uma montanha para expiar as mazelas.
Uma montanha de aplicativos.
O negócio de aplicativos não para de crescer no mundo. Uma recente pesquisa mostrou seu tamanho e riqueza. Só em 2015, foram instalados 156 bilhões de aplicativos em celulares. O faturamento desse inovador negócio foi de US$ 34 bilhões no ano passado. A Apple Store detêm a hegemonia com 58% dessa receita e teve crescimento de 36% em relação ao ano de 2014. A projeção é que em 2020 serão feitos 210 bilhões de downloads de aplicativos no planeta, gerando uma receita de US$ 57 bilhões.